A falta de ações estruturais por parte do governo está gerando preocupações no mercado financeiro. A percepção predominante é que o governo tem demorado a reagir adequadamente aos problemas fiscais, o que poderia ter sido evitado com medidas antecipadas. Analistas apontam que, enquanto o governo toma ações pontuais, como a revisão dos gastos, não há uma proposta sólida para uma reforma administrativa ou uma desvinculação mais significativa dos benefícios do salário mínimo, que poderiam reduzir os gastos de forma mais estrutural.
A crítica se intensifica com a recente alteração na meta do arcabouço fiscal, que agora prevê um déficit zero em vez de um superávit. A falta de uma abordagem clara e imediata para solucionar questões estruturais tem sido um ponto de tensão, afetando a credibilidade do arcabouço fiscal e sua capacidade de ser executado eficazmente.
Além disso, a equipe econômica está considerando desvincular benefícios temporários do salário mínimo, sugerindo reajustes apenas com base na inflação. Embora essa medida possa aliviar a pressão sobre as finanças públicas, ela também enfrenta resistência, especialmente do presidente Lula, que rejeita alterações nas políticas de valorização do mínimo. As mudanças propostas visam concentrar os ajustes em auxílios como o seguro-desemprego e o abono salarial, buscando minimizar o impacto sobre a população de baixa renda.
O governo continua a enfrentar desafios para restaurar a confiança do mercado e implementar uma política fiscal sustentável.
















