A política de Divinópolis ganhou novos contornos com a entrada da deputada estadual Lohanna (PV) no debate sobre a proposta do senador Cleitinho (Republicanos), que sugere tornar opcional a contratação do DPVAT. A proposta, que já causava burburinho, intensificou-se quando Lohanna apresentou uma sugestão provocativa: tornar o IPTU no município também opcional.
O que dizem os protagonistas desta história?

O embate ganhou espaço nas redes sociais, onde a deputada criticou a atuação do senador Cleitinho e até mesmo propôs um paralelo entre a obrigatoriedade do DPVAT e o IPTU. “Vamos ver se dessa forma a cidade se sustenta. Fazer graça com o chapéu dos outros é mole, né? Vamos ver se essa ideia de pagar o IPTU só quando o cidadão quiser também vai ter o apoio do senador Cleitinho”, desafiou ela.
IPTU opcional: proposta viável ou provocação política?
Em um movimento considerado audacioso por muitos, a deputada levou a discussão para a Câmara Municipal de Divinópolis. Sua proposta sugere uma reflexão sobre a sustentabilidade dos serviços municipais caso o IPTU se torne opcional, uma jogada que coloca em xeque a viabilidade de políticas públicas financiadas por tributos obrigatórios.
Contexto nacional e a recriação do DPVAT
A discussão sobre a obrigatoriedade do DPVAT se insere em um contexto mais amplo. O seguro, que havia deixado de ser obrigatório em 2020 após decisão durante o governo Bolsonaro, foi recentemente reestabelecido como obrigatório pelo governo federal, sob a gestão do presidente Lula. A medida visa garantir a indenização de vítimas de acidentes de trânsito, atendendo à uma demanda social por proteção e segurança nas vias públicas.
Repercussão e posições políticas
A posição de Lohanna contra a ideia do senador encontra eco em setores da sociedade que defendem a manutenção das contribuições obrigatórias como meio de financiar políticas públicas essenciais. Por outro lado, a sugestão de tornar o DPVAT opcional reflete um debate mais amplo sobre a carga tributária e os direitos dos cidadãos, demonstrando a complexidade das decisões em âmbitos legislativos que afetam diretamente a vida da população.
Enquanto o embate entre a deputada estadual e o senador ganha os holofotes, resta às comunidades e aos órgãos competentes a tarefa de dialogar e buscar soluções que conciliem a necessidade de recursos para políticas públicas com a capacidade de pagamento e vontade dos contribuintes. O desenrolar desta discussão em Divinópolis pode servir de exemplo para debates semelhantes em outras esferas governamentais, refletindo a dinâmica sempre viva da política brasileira.