No atual contexto econômico do Brasil, a percepção pública e os dados macroeconômicos estão em um equilíbrio delicado. Carlos Honorato, professor e especialista em economia, destaca que, apesar da inflação desacelerando e do desemprego em níveis baixos, o crescimento do PIB tende a estabilizar em torno de 3%. Este é um ponto crucial, pois o teto do crescimento econômico poderá impactar diretamente a corrida eleitoral e a estratégia de eleição do governo.
Honorato aponta que o governo enfrenta o desafio de manter uma percepção positiva entre a população. O professor alerta que fatores internos e externos podem trazer surpresas até outubro de 2026, o que poderá afetar a opinião pública e as movimentações no mercado financeiro. “A instabilidade pode surgir de âmbito global ou de crises locais, e isso precisa ser monitorado de perto“.
Quais são os riscos para o PIB e para a economia?
Entre os riscos que podem impactar o PIB e a economia, Honorato menciona variáveis como a política monetária externa e eventos geopolíticos que geralmente fogem ao controle do governo. Além disso, questões internas, como reformas fiscais e políticas públicas, também serão cruciais para manter a confiança do eleitor.
O professor sugere que a manutenção de estímulos ao consumo é essencial para que o governo consiga prolongar a percepção otimista da população. “A gestão fiscal precisa ser cautelosa, mas garantindo também medidas que incentivem o crescimento“, ressalta. Essa dualidade será necessária para sustentar o avanço do PIB e enfrentar os desafios que a nação encontrará em um período pré-eleitoral.
Como o fiscal impacta os mercados?
O fiscal é um tema transversal que repercute diretamente sobre o PIB brasileiro e os mercados. Honorato aponta que uma política fiscal responsável é fundamental para garantir a estabilidade econômica. No entanto, ele observa que a habilidade do governo em administrar a dívida pública e os gastos será testada, especialmente se os desafios econômicos se intensificarem.
O especialista também discute o papel dos juros neste cenário. Com a Selic em patamares elevados para conter a inflação, o impacto sobre o crédito e os investimentos é significativo. Um aumento ou mesmo a manutenção das taxas pode limitar o crescimento do PIB, desincentivando o empreendedorismo e a expansão dos negócios.
Com a aproximação das eleições de 2026, a mobilização de recursos e a inovação nas estratégias de política econômica poderão ser os diferenciais na luta por votos e na recuperação econômica. Portanto, o governo deve estar preparado para agir rapidamente frente às mudanças que poderão afetar a opinião pública e o mercado.