A semana entre os dias 28 de julho e 1º de agosto concentra os principais eventos econômicos e políticos do mês, com decisões de juros no Brasil, EUA e Japão, além de uma agenda densa de divulgação de indicadores macroeconômicos, balanços corporativos e tensões comerciais globais. O mercado segue atento também à entrada em vigor das novas tarifas americanas contra o Brasil e a União Europeia, anunciadas pelo presidente Donald Trump, com efeitos previstos para a próxima sexta-feira.
Segundo Francisco Alves, operador de mercado e apresentador do programa Pre Market na BM&C News, trata-se de uma semana “extremamente intensa, com muitos dados relevantes no Brasil e no exterior”. Entre os destaques nacionais, ele cita o Boletim Focus, o IGP-M de julho, a taxa de desemprego trimestral (PNAD Contínua), a nota do setor externo e os resultados da produção industrial.
Nos Estados Unidos, os olhos se voltam para a reunião do Federal Reserve na quarta-feira, que deve reforçar a estratégia de política monetária diante de uma economia ainda resiliente. Francisco ressalta que o país também divulgará uma “primeira leitura do PIB do segundo trimestre”, além de “dados do mercado de trabalho como o JOLTS, o ADP, pedidos de auxílio-desemprego e o payroll”, este último previsto para sexta-feira (01/08), junto com a taxa de desemprego e o salário médio por hora trabalhada.
A temporada de balanços nos EUA ganha fôlego com a divulgação dos números trimestrais de Apple, Amazon, Meta e Microsoft, o que deve gerar volatilidade nos mercados globais. “As chamadas Big Techs têm peso significativo nos índices e devem influenciar o humor do mercado”, destaca Francisco.
Na Europa, o foco estará nos CPIs preliminares de julho e nos PIBs do segundo trimestre dos principais países, como Alemanha, França e Espanha. Embora sejam dados iniciais, podem influenciar decisões futuras do Banco Central Europeu. China, Japão e Austrália também divulgarão indicadores similares, em meio a sinais mistos de retomada.
Além do Fed, o mercado acompanhará as decisões de juros do Banco Central do Brasil (Copom), Banco do Japão, Banco do Canadá e do Banco Central da África do Sul. “É uma semana importantíssima com decisões de política monetária espalhadas pelo mundo”, resume Francisco.
Na agenda corporativa brasileira, o destaque vai para os balanços de Bradesco, Santander Brasil, Ambev, Vale, CSN e Gerdau. Francisco observa que os resultados podem “movimentar fortemente o Ibovespa, especialmente em meio ao vencimento de contratos futuros e à rolagem cambial marcada para quinta e sexta-feira”.
O fluxo de investidores estrangeiros na B3 segue com entrada acumulada de R$ 21,6 bilhões no ano, apesar da saída de R$ 4,8 bilhões em julho até o dia 23.
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