Em um mundo cada vez mais conectado, o especialista em acessibilidade digital tem a missão de garantir que a internet seja para todos, sem exceção. Esta é uma profissão com alto impacto social e que vem sendo disputada a peso de ouro por grandes empresas.
O que faz um especialista em acessibilidade digital?
Este profissional atua para que sites, aplicativos e sistemas possam ser utilizados por pessoas com deficiência (visual, auditiva, motora ou cognitiva). Seu trabalho é identificar e eliminar barreiras digitais, garantindo que todos possam navegar, perceber e interagir com o conteúdo online.

Suas tarefas diárias incluem realizar auditorias técnicas em plataformas, testar interfaces com tecnologias assistivas (como leitores de tela) e treinar equipes de desenvolvimento e design. O objetivo é incorporar a acessibilidade desde o início de cada projeto, e não como uma simples correção final.
Tipos de deficiência que o trabalho contempla:
- Visual: Cegueira, baixa visão e daltonismo.
- Auditiva: Surdez e baixa audição.
- Motora: Dificuldade ou impossibilidade de usar o mouse.
- Cognitiva: Dificuldades de aprendizado e concentração.
Por que a demanda por esse profissional explodiu?
A alta demanda é impulsionada por dois fatores principais: a legislação e a consciência de mercado. No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI – Lei nº 13.146) torna a acessibilidade digital obrigatória para sites de empresas com concessão pública e órgãos governamentais, gerando multas para quem não se adequa.
Além da obrigação legal, as empresas perceberam que um site acessível expande seu público-alvo, melhora a imagem da marca e otimiza o SEO. Ignorar a acessibilidade é como fechar as portas para milhões de potenciais clientes, tornando este profissional estratégico para o negócio.
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Quais conhecimentos técnicos são necessários?
Um bom especialista precisa ter uma base sólida em desenvolvimento web, dominando linguagens como HTML, CSS e JavaScript. O principal conhecimento técnico, no entanto, é o domínio das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG), o padrão internacional que guia as boas práticas.
Além disso, é fundamental saber manusear diferentes tecnologias assistivas para realizar testes práticos. O conhecimento do eMAG (Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico), que guia as práticas no setor público brasileiro, também é um grande diferencial no mercado.
Como um site acessível se diferencia de um não acessível?
A diferença está em detalhes que, para muitos, passam despercebidos, mas que são cruciais para pessoas com deficiência. Um site acessível é pensado para funcionar em diferentes contextos, garantindo uma experiência funcional para todos os usuários. A tabela abaixo ilustra alguns exemplos práticos.
Para atender à Lei 13.146/2015 e garantir a inclusão no ambiente virtual, o canal 8D Hubify, com mais de 2,4 mil inscritos, oferece um guia sobre Acessibilidade Digital. A especialista Eduarda Carbone explica que acessibilidade é a quebra de barreiras em todos os ambientes e detalha a diferença entre deficiência temporária e situacional:
| Recurso | Site Acessível | Site Inacessível |
| Imagens | Possuem texto alternativo (alt text) descritivo. | Não possuem descrição, sendo “invisíveis” para leitores de tela. |
| Vídeos | Oferecem legendas e audiodescrição. | Contam apenas com o áudio original, excluindo surdos. |
| Navegação | Pode ser totalmente controlada pelo teclado. | Depende exclusivamente do uso do mouse para funcionar. |












