Os Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenas empresas enfrentam um prazo crucial: até 31 de outubro precisam resolver suas pendências com a Receita Federal para evitar a exclusão do Simples Nacional.
Ao todo, 1.121.419 MEIs estão inadimplentes e correm o risco de desenquadramento do regime simplificado de tributação. Além dos MEIs, 754.915 microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) também foram notificadas por irregularidades. No total, R$ 26,7 bilhões em dívidas estão pendentes, segundo informações da Receita.
Se não houver regularização das dívidas, a exclusão do regime ocorrerá em 1º de janeiro de 2025, e essas empresas serão obrigadas a adotar regimes tributários mais complexos, aumentando custos e burocracias. Portanto, a regularização de MEI é crucial para evitar tais complicações.
O que acontece com MEIs inadimplentes no Simples Nacional?
Caso o empreendedor não quite ou parcele as dívidas até 31 de outubro, será automaticamente excluído do Simei, o regime simplificado para MEIs. Isso significa que, em 2025, esses profissionais passarão a ser tributados pelo regime geral, ficando sujeitos a obrigações mais complexas e menos vantajosas.
Os impactos incluem:
- Aumento de carga tributária com a inclusão de impostos como PIS, COFINS, ICMS e ISS, até a substituição pelo IVA em 2033;
- Perda de acesso a créditos e financiamentos com condições diferenciadas;
- Mais burocracia administrativa e aumento de custos operacionais.
Como regularizar dívidas com a Receita Federal?
Os empreendedores notificados podem acessar suas pendências no Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional e MEI (DTE-SN) ou por meio do portal e-CAC da Receita Federal. O acesso é feito com uma conta no Gov.br, que deve ser nível prata ou ouro, ou por certificado digital. Não há dúvida que a regularização de MEI deve ser priorizada.
Opções para regularização:
- Pagamento à vista: Quitação total das dívidas.
- Parcelamento: Em até 60 parcelas, desde que o valor mínimo seja R$ 50 para MEIs e R$ 300 para microempresas e empresas de pequeno porte.
Atenção: O prazo de regularização é de 30 dias a partir da notificação oficial no sistema eletrônico. Após esse período, a exclusão do Simples será efetivada caso a dívida permaneça pendente.
Como contestar cobranças indevidas?
Se o MEI ou empresa identificar que a cobrança é indevida, é possível contestar a exclusão junto ao Delegado de Julgamento da Receita Federal. O pedido deve ser protocolado pela internet, com a anexação de documentos que justifiquem a irregularidade, como comprovantes de pagamento.
Prazo de contestação: A solicitação deve ser feita em até 30 dias após a ciência da notificação para evitar complicações. A Receita analisará o caso e poderá reverter a exclusão se a contestação for aceita.
Quais são as consequências da exclusão para MEIs e pequenas empresas?
Empresas desenquadradas do Simples Nacional estarão sujeitas a regimes de tributação mais pesados e complexos. Além da perda dos benefícios fiscais, haverá maiores dificuldades para obtenção de crédito, já que muitas instituições financeiras oferecem condições especiais apenas para negócios no regime simplificado.
A partir de 2025, os empreendedores excluídos precisarão se adequar às exigências do regime tributário geral, incluindo o pagamento de IRPJ e CSLL, além da complexidade administrativa que pode prejudicar o crescimento e a operação do negócio. Assim, a regularização de MEI é essencial para manter a saúde financeira da empresa.