O presidente Lula voltou a comentar o encontro com Donald Trump na ONU, afirmando que “rolou uma indústria petroquímica inteira” entre eles. Segundo ele, Trump reconheceu que há “química” no trato diplomático, o que reacende expectativas sobre reduções de tarifas entre Brasil e Estados Unidos.
O mercado monitora com atenção esse diálogo diplomático, especialmente após o quadro de tensões tarifárias. Essa expectativa tende a influenciar decisões de investidores e a percepção sobre comércio exterior e política externa brasileira.
Como as negociações podem alterar a relação Brasil–EUA?
Durante discurso, Lula destacou que as tarifas de 10 % são “normais”, mas criticou tarifas de 40 % como punitivas e ligadas a decisões judiciais, sem citar nomes. Ele associou essas taxas a restrições à liberdade de expressão e alegou que sanções foram aplicadas a empresas americanas. Tal posicionamento evidencia o tom político da negociação.
Além disso, Lula mencionou que os Estados Unidos já iniciaram negociações com a Argentina envolvendo linhas de crédito ligadas a níquel, cobre e lítio, minerais estratégicos classificados como terras raras. O Brasil, segundo ele, também pode participar desse arranjo, especialmente diante da relevância do tema de terras raras para a economia global.
O que esperar a curto prazo?
Embora o entusiasmo exista, Lula próprio admitiu ceticismo: ele não acredita em mudanças imediatas nas tarifas. A interlocução diplomática com os EUA e a retirada de medidas punitivas judiciais são vistas como passos iniciais, não transformações instantâneas. O ambiente internacional e os interesses estratégicos dos EUA pesam fortemente.
Quais os riscos e oportunidades para o Brasil?
Se houver flexibilização tarifária parcial ou total, o Brasil poderá ganhar competitividade em produtos agrícolas, minerais e manufaturados. Isso poderia estimular exportações, reduzir custos para importadores e impulsionar cadeias produtivas. Por outro lado, concessões excessivas podem gerar críticas internas de soberania e dependência externa.
- Parte da negociação pode se dar por redução gradual de tarifas.
- Implementação deve depender de contrapartidas diplomáticas ou estratégicas.
- Setores como minério, agronegócio e bens manufaturados devem ser os mais impactados.
Conclusão: avanço diplomático ou retórica eleitoral?
O elogio de Lula ao encontro com Trump reacende esperanças de reconfigurações nas tarifas e no relacionamento comercial bilateral. No entanto, a própria cautela do presidente sugere que os próximos passos serão lentos e condicionados. Em um ano eleitoral, o discurso ganha peso político, mas o impacto prático dependerá de governança e alinhamento diplomático.
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