Muita gente só percebe que a carteira assinada funciona de outro jeito quando precisa ser contratada e descobre que tudo passa pelo CPF na versão digital. A lógica do registro mudou desde 2019, e entender essa nova rotina evita erros, atrasos e pedidos desnecessários da carteira física.
O que mudou no registro e por que isso afeta sua carteira assinada?
A transição começou com a Lei 13.874, de 2019, que consolidou o uso do formato digital para novas contratações a partir de 2020. A plataforma reúne vínculos antigos e recentes, cargos, datas e remunerações enviadas pelo empregador. Todas as informações são integradas aos sistemas oficiais, conforme o portal do Governo Federal, usando o CPF como identificador único.
Esse modelo substitui a carteira física na maior parte das admissões, já que o eSocial registra automaticamente o que antes era anotado à mão, reduzindo falhas e atrasos.

Como acessar o registro usando apenas CPF e conta gov.br
O acesso é feito pelo aplicativo ou portal da Carteira de Trabalho Digital com login via CPF e conta gov.br ativa. Segundo orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, na admissão o trabalhador informa apenas o CPF e os dados enviados ao eSocial substituem as anotações da carteira física.
- Acessar ou criar a conta gov.br
- Entrar no app ou portal da Carteira de Trabalho Digital
- Autorizar o uso de dados
- Consultar vínculos, cargos e atualizações enviadas pelo empregador
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Quais informações aparecem e como acompanhar atualizações?
O trabalhador visualiza dados pessoais, vínculos, cargos, datas de admissão e desligamento, além das remunerações informadas pelas empresas. Caso encontre erros, deve comunicar o RH para corrigir o lançamento no eSocial, atualizando automaticamente o registro digital.
Vínculos anteriores a 2020 podem aparecer incompletos, portanto a carteira física segue útil para conferir histórico antigo quando houver dúvida.
- Vínculos e funções: confira cargos e datas
- Remuneração: veja lançamentos declarados pelo empregador
- Anotações contratuais: acompanhe férias e alterações

A carteira física ainda é necessária e quando ela pode ser pedida
A via física não costuma ser exigida nas contratações atuais, mas pode ser útil em comprovações de vínculos antigos, processos administrativos específicos ou operações bancárias que ainda solicitem o documento. Quem não tem acesso digital pode buscar atendimento presencial nas unidades regionais do Ministério do Trabalho e Emprego.
O novo modelo facilita contratações e reduz erros nos vínculos
A integração com os sistemas oficiais agiliza admissões, facilita conferências e diminui a dependência do papel. A consulta periódica ajuda a identificar inconsistências rapidamente e mantém o trabalhador atualizado sobre seus contratos.
O ideal é acompanhar vínculos no app, usar o CPF nas admissões e guardar a carteira física como apoio para registros antigos.

