A notícia de um possível salário mínimo de R$ 2.111 gerou euforia, mas é fundamental entender quem realmente tem direito a esse valor. Enquanto o Governo Federal confirmou o piso nacional de R$ 1.621 para 2026, estados como Santa Catarina discutem reajustes regionais que podem ultrapassar a casa dos dois mil reais. Entenda a diferença e veja se o seu contracheque será impactado.
Qual a diferença entre o mínimo nacional e o regional?
O salário mínimo federal (R$ 1.621) é a base obrigatória para todo o país, servindo de referência para aposentadorias do INSS e benefícios sociais. Já o “Piso Regional” é uma lei estadual específica (forte em estados como SC e PR) que define valores maiores para categorias que não possuem sindicato federal. O objetivo é garantir poder de compra em regiões onde o custo de vida é naturalmente mais alto.

Como Santa Catarina pode chegar a R$ 2.111 ou mais?
O estado catarinense utiliza um sistema de faixas salariais. Se aplicado o índice federal de 6,8%, a faixa mais alta chega a R$ 2.111, mas os sindicatos pressionam por mais. Eles reivindicam a reposição integral da inflação (INPC) somada a 5% de ganho real (totalizando cerca de 9,18%), o que poderia elevar o salário máximo para R$ 2.160.
Simulação: compare os cenários para 2026
A definição final depende do acordo entre patrões e empregados, mas já é possível traçar um comparativo. Confira na tabela abaixo a diferença entre o piso nacional confirmado e as projeções para o regional:
| Cenário | Valor Estimado | Status |
|---|---|---|
| Mínimo Nacional | R$ 1.621,00 | Confirmado (Governo Federal). |
| Piso SC (Proposta Patronal) | ~R$ 2.111,00 (Teto) | Baseado no reajuste de 6,8%. |
| Piso SC (Proposta Sindical) | ~R$ 2.160,00 (Teto) | Baseado no pedido de 9,18%. |
Quando o novo valor entra em vigor?
Enquanto o salário mínimo nacional já vale desde o dia 1º de janeiro, o piso regional de Santa Catarina segue em disputa, pois a primeira rodada de negociações em dezembro terminou sem acordo. A reunião decisiva está marcada para 29 de janeiro de 2026. Até lá, vale o piso anterior, mas historicamente o reajuste é pago com efeito retroativo.
Por que essa diferença é importante?
Ter um piso regional elevado atrai mão de obra qualificada de outros estados e fortalece o consumo interno, blindando a economia local contra a inflação. Para o trabalhador, significa maior dignidade; para as empresas, o desafio é equilibrar a folha de pagamento mantendo a competitividade. Fique atento ao final de janeiro para saber qual proposta vencerá.

