O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está em processo de revisão de suas operações para gerenciar melhor o crescente número de solicitações de benefícios. As novas diretrizes estão sendo elaboradas para reduzir a fila de espera dos segurados e otimizar a produtividade dos servidores. Recentemente, o número de pedidos aumentou consideravelmente, o que levou a uma revisão das práticas operacionais do instituto.
Uma das mudanças mais significativas que o INSS planeja implementar em 2025 é a restrição de novos pedidos para segurados que já possuem um recurso em andamento após uma negativa inicial. Estes segurados terão que optar por seguir com o recurso atual ou iniciar um novo pedido. Esta decisão tem implicações importantes no que diz respeito à DER (data de entrada de requerimento), que é utilizada para calcular possíveis pagamentos retroativos.
Como as Novas Medidas Afetam os Requerentes?
Os segurados precisarão considerar cuidadosamente a escolha entre manter um recurso existente ou começar novamente o processo de solicitação de um benefício. Ao desistir do recurso em andamento para entrar com um novo pedido, eles perdem o direito a eventuais pagamentos retroativos, proporcionando um grande impacto financeiro. Atualmente, é possível para os segurados prosseguir com ambos os processos simultaneamente, mas a nova política busca evitar a “banalização” dos pedidos de benefícios, que podem ser indevidos ou redundantes.
Estas mudanças fazem parte de um esforço maior do INSS para lidar com a capacidade operacional limitada e a crescente carga de processamento. Somente entre julho e setembro de 2024, por exemplo, o número de solicitações mensais de benefícios ultrapassou 1,4 milhão, em comparação com cerca de 1 milhão no início do ano. Este aumento, em grande parte atribuído ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), requer estratégias administrativas novas e eficazes.
De que forma o INSS Planeja Melhorar a Produtividade?
As estratégias do INSS para melhorar a eficiência incluem uma revisão do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), que agora exigirá maior produtividade dos servidores que trabalham remotamente. A nova política estipula que funcionários em home office deverão concluir 30% mais tarefas do que aqueles que trabalham presencialmente nas agências. Esta medida é vista como essencial diante da crescente demanda e visa realocar recursos humanos de forma mais eficaz.
Quais Sistemas Automáticos Serão Implementados?
O INSS está investindo em automação para liberar servidores para a análise de solicitações de benefícios. A plataforma Prevjud é uma dessas iniciativas, facilitando a implementação automatizada de ordens judiciais, que anteriormente dependia do processamento manual por parte dos servidores do INSS. Esta mudança permitirá que pelo menos 300 servidores sejam realocados para outras atividades mais críticas.
Outra inovação é o sistema de penhoras, que automatizará o processamento de deduções de benefícios para pagamento de dívidas. Este processo, atualmente artesanal, consumirá menos tempo e recursos, otimizando a operação do INSS de forma significativa.
Qual o Impacto para os Segurados e para o INSS?
Com todas essas mudanças em curso, o INSS espera estabilizar suas operações para os próximos anos. Ao realocar eficientemente os servidores e adotar automação em processos complexos, o instituto visa não apenas acelerar o processamento de novos benefícios, mas também melhorar a qualidade do serviço prestado aos segurados. Além disso, a convocação de novos servidores aprovada em concursos complementa essas medidas, ampliando a força de trabalho para atender à demanda crescente.
Essas reformas refletem um esforço contínuo para aperfeiçoar a gestão dos benefícios previdenciários. A esperança é que, através dessas medidas, o INSS consiga não apenas reduzir a fila de espera, mas também melhorar o atendimento de maneira geral, respeitando o direito dos cidadãos de acessar seus benefícios de forma justa e eficiente.
