O ótimo desempenho dos fundos imobiliários (FIIs) na reta final de 2025 reacendeu a discussão sobre a atratividade do setor no curto e médio prazo. O IFIX, indicador da classe, ultrapassou 18% de valorização no ano, alcançando novos recordes mesmo diante de uma taxa Selic estabilizada em 15%.
Embora os números impressionem, especialistas da Fami Capital avaliam que o ciclo atual ainda não representa o auge do mercado, preservando um espaço relevante de assimetria.
Para Eddie Kobori, analista de Sales da Fami Capital, a movimentação recente revela mais um estágio de maturidade do mercado do que o início de seu maior ciclo de expansão.

“Apesar do rally de 2025, o mercado ainda opera com descontos consistentes e mantém boas assimetrias para quem busca renda passiva de longo prazo. O melhor momento dos FIIs, na nossa visão, está associado ao início efetivo do ciclo de cortes da Selic”, afirma.
Segundo o analista, a performance robusta reflete a maturidade do mercado e a reprecificação de segmentos que foram penalizados em anos anteriores, especialmente fundos de crédito e logística.
O que explica a valorização dos FIIs?
O pano de fundo para o movimento de valorização de 2025 tem origem clara: a força dos fundos de crédito e recebíveis, que hoje representam 37% do IFIX. Com carteiras indexadas a CDI e inflação, essas estruturas entregaram yields elevados em um ambiente de juros altos.
Em outubro, o dividend yield ponderado do índice alcançou 11,64%, o maior desde a pandemia. Em vários segmentos, os FIIs passaram a oferecer retorno superior a títulos públicos atrelados à inflação, como NTN-B, impulsionando migrações de investidores em busca de renda recorrente.
“O investidor percebeu que, mesmo com Selic elevada, alguns FIIs entregam retorno real significativo, especialmente fundos de crédito com gestão ativa. Isso ajudou a fortalecer a tese e atrair fluxo consistentemente ao longo do ano”, avalia Kobori.
O que esperar para 2026?
Para 2026, as análises convergem para um ponto importante: a expectativa de cortes na Selic. Projeções atuais sugerem um recuo para patamares entre 12% e 12,5% até o final do ano, reforçando as perspectivas para um ciclo positivo dos FII’s.
Além disso, o mercado imobiliário como um todo vem passando por um momento construtivo. Os lançamentos cresceram 31,9% no primeiro semestre de 2025, e o programa Minha Casa Minha Vida deve continuar impulsionando a demanda por habitação popular.
“Essa combinação cria um ponto de entrada estratégico. Se 2025 marcou a consolidação do setor, 2026 pode marcar a virada definitiva para quem busca valorização de capital”, afirma Kobori.
Para aproveitar esse momento propício dos fundos imobiliários, é fundamental contar com a proximidade de quem acompanha o mercado de perto, capaz de identificar oportunidades alinhadas ao perfil e aos objetivos de cada investidor. Saiba mais em Fami Capital.













