O excesso de proteína sobrecarrega os rins e o fígado, forçando-os a trabalhar mais para filtrar os subprodutos do metabolismo proteico, como a ureia, o que pode ser perigoso para quem já tem problemas renais, Embora seguro para a maioria das pessoas saudáveis, o consumo exagerado pode levar à desidratação, problemas digestivos e desequilíbrios nutricionais.
O principal impacto é a sobrecarga nos rins e no fígado
O metabolismo da proteína é um processo complexo. Quando você consome proteína, seu corpo a quebra em aminoácidos. O nitrogênio excedente desses aminoácidos é convertido em ureia no fígado e, em seguida, transportado para os rins para ser excretado na urina. Uma dieta com excesso crônico de proteína aumenta a quantidade de ureia que precisa ser filtrada, no vídeo abaixo o Renato Cariani comenta sobre o excesso de proteína:
Para um indivíduo com rins saudáveis, isso geralmente significa apenas que os órgãos precisam trabalhar um pouco mais. No entanto, para pessoas com Doença Renal Crônica (DRC) ou outras condições preexistentes, essa sobrecarga pode acelerar a perda da função renal. É por isso que dietas com restrição de proteína são frequentemente recomendadas nesses casos.
Pessoas saudáveis precisam se preocupar com o risco renal?
O risco renal para pessoas saudáveis que consomem dietas ricas em proteínas é um dos tópicos mais debatidos na nutrição. A maioria das evidências científicas atuais sugere que rins saudáveis se adaptam bem a uma carga maior de proteína, aumentando sua taxa de filtração para lidar com o excesso de ureia sem sofrer danos.
No entanto, a moderação e a hidratação são fundamentais. Beber bastante água é crucial para ajudar os rins a diluir e excretar os subprodutos do metabolismo proteico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma dieta equilibrada é sempre a abordagem mais segura. Pontos-chave a considerar:
- A hidratação adequada é essencial para apoiar a função renal em qualquer dieta.
- O risco é significativamente maior para indivíduos com função renal já comprometida.
- A fonte da proteína (animal vs. vegetal) também pode influenciar a saúde renal a longo prazo.
- Para a maioria, o problema não é a proteína em si, mas o desequilíbrio que seu excesso pode causar.
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O desequilíbrio nutricional é um risco frequentemente ignorado
Um dos efeitos colaterais mais comuns de uma dieta focada excessivamente em proteínas é a negligência de outros macronutrientes e micronutrientes essenciais. Ao priorizar carnes, ovos e suplementos, muitas pessoas acabam consumindo poucas fibras, vitaminas e minerais provenientes de frutas, vegetais e grãos integrais.
A falta de fibras pode levar a problemas digestivos, como constipação, e impactar negativamente a saúde do microbioma intestinal. Além disso, uma dieta muito rica em proteínas de origem animal pode estar associada a uma maior ingestão de gordura saturada, o que representa outros riscos para a saúde cardiovascular.
E o ganho de massa muscular? Mais proteína é sempre melhor?

O mito de que “quanto mais proteína, mais músculo” é uma simplificação perigosa. Nosso corpo tem um limite de quanto pode usar para a síntese proteica muscular de uma só vez. Após um treino, consumir uma quantidade adequada de proteína (geralmente entre 20-40 gramas por refeição) otimiza esse processo.
Consumir muito mais do que isso não acelera o ganho de massa. O excesso de aminoácidos que não pode ser usado para construir ou reparar tecidos será convertido em glicose para energia, ou, em último caso, armazenado como gordura. Nutricionistas esportivos geralmente recomendam entre 1.8 a 2.2 gramas de proteína por quilo de peso corporal para atletas, uma quantidade bem abaixo dos níveis exagerados que algumas pessoas consomem.
Gostou de desvendar esse mito da nutrição? O equilíbrio é tudo! Compartilhe essa informação com quem vive focado apenas na proteína.








