A Nissan está prestes a transformar o cenário automotivo brasileiro com a possível chegada do Nissan N7, um sedã elétrico desenvolvido em parceria com a gigante chinesa Dongfeng. Com um preço estimado competitivo e tecnologia de ponta, o modelo representa uma mudança estratégica da marca japonesa para dominar mercados emergentes.
A estratégia da Nissan: olhar para a China para crescer no Brasil
Em um movimento ousado, a Nissan planeja usar a força da indústria chinesa para ampliar sua competitividade no Brasil. Ivan Espinoza, CEO global da marca, confirmou o interesse em comercializar carros chineses no hemisfério sul, e o Nissan N7 é o principal candidato dessa nova fase.
O modelo, que é uma releitura do chinês Dongfeng eπ 007, já foi visto em testes no Brasil, sugerindo que seu lançamento pode estar próximo. Essa parceria permite à Nissan oferecer veículos elétricos modernos a um custo muito mais baixo, desafiando diretamente concorrentes como o BYD Seal e o GWM Ora 07.
O que torna o Nissan N7 tão competitivo?
O Nissan N7 se destaca por sua proposta de valor. Na China, seu preço inicial equivale a cerca de R$ 76.000. Embora no Brasil o valor deva girar em torno de R$ 200.000, ele ainda se posicionaria de forma extremamente agressiva no segmento de sedãs elétricos, sendo mais barato que o próprio Nissan Leaf.
A tecnologia embarcada também impressiona. O modelo oferece diferentes configurações de motor e bateria, adaptando-se a diversas necessidades e orçamentos. A tabela abaixo detalha as especificações que fazem do N7 uma ameaça real aos concorrentes.
| Especificação | Versão de Entrada | Versão de Longo Alcance |
|---|---|---|
| Motorização | Motor elétrico traseiro com 218 cv. | Motor elétrico traseiro com 272 cv. |
| Bateria | 56 kWh. | 70 kWh. |
| Autonomia Estimada (Ciclo Chinês) | Até 530 km. | Até 620 km. |
| Dimensões | 4,88 m de comprimento, 2,91 m de entre-eixos. | |
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A reestruturação global da Nissan e o papel do Brasil
A chegada de modelos como o N7 faz parte de uma reestruturação global liderada por Ivan Espinoza. A Nissan está otimizando suas operações, fechando fábricas em alguns países e concentrando a produção em outros. O Brasil ganhou um papel de destaque nesse novo mapa.
A fábrica brasileira da Nissan se tornou a única a produzir o Nissan Kicks para exportação a mais de 20 países. Em contrapartida, a produção da picape Nissan Frontier na Argentina foi interrompida, e a continuidade do modelo no Brasil agora depende de acordos de importação com o México.
O futuro da Frontier no Brasil pode ser uma picape híbrida?

Para manter a Frontier competitiva no mercado brasileiro, uma das estratégias discutidas por Espinoza é a importação da Frontier Pro, uma picape híbrida plug-in desenvolvida pela Dongfeng, com porte semelhante ao da BYD Shark.
Este modelo impressiona pelos números. A combinação de um motor 1.5 turbo a gasolina com um motor elétrico gera 480 cv de potência. No modo totalmente elétrico, a autonomia chega a 150 km, com uma autonomia total superior a 1.200 km. Se as políticas de importação forem favoráveis, essa picape poderia se tornar uma das mais potentes e eficientes do segmento no Brasil.
- Potência Combinada: 480 cv.
- Autonomia Elétrica: 150 km.
- Autonomia Total: Mais de 1.200 km.
- Concorrente Direta: BYD Shark.










