O simples ato de mastigar chiclete pode, de fato, melhorar a concentração, e a psicologia explica que isso se deve a uma combinação de fatores. A mastigação aumenta o fluxo de sangue para o cérebro e nos coloca em um estado de “alerta calmo”, ideal para focar em tarefas.
O aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro
A explicação fisiológica é a mais direta: o ato de mastigar estimula os músculos da mandíbula, o que aumenta levemente a frequência cardíaca. Esse aumento sutil é suficiente para bombear mais sangue, e consequentemente mais oxigênio e glicose, para o cérebro, veja abaixo o vídeo do canal Nutricionista Ciro Pacheco / Nutriciro:
Estudos de neuroimagem, como os publicados na revista *Brain and Cognition*, mostram que a mastigação ativa áreas cerebrais ligadas à atenção e à vigília. Mais combustível para o cérebro significa um melhor desempenho cognitivo, especialmente em tarefas que exigem foco sustentado.
O estado de “excitação calma” que a mastigação provoca
Mastigar chiclete nos coloca em um estado de “excitação calma”. A atividade motora constante e de baixa intensidade age como um estimulante leve, combatendo a sonolência e o tédio sem gerar a ansiedade que a cafeína, por exemplo, pode causar.
Esse nível de alerta é perfeito para tarefas monótonas ou longas, como estudar para uma prova ou dirigir por horas. A mastigação ajuda a manter o cérebro engajado o suficiente para não divagar, mas sem ser uma distração em si mesma.
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Como o chiclete ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade?
A redução do estresse é outro fator crucial. O movimento rítmico e repetitivo da mastigação é um comportamento autorregulador que pode diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. É um mecanismo semelhante ao de roer as unhas ou balançar os pés, mas de forma mais controlada.
Quando estamos menos estressados, nossos recursos cognitivos, como a memória de trabalho e a atenção, são liberados para se concentrarem na tarefa principal. É por isso que muitas pessoas mascam chiclete instintivamente durante situações de alta pressão, como antes de uma apresentação importante.
A teoria da “interferência contextual”

Uma teoria da psicologia sugere que a mastigação funciona como uma “interferência contextual”. Nosso cérebro tem uma tendência natural a divagar, mas uma atividade motora simples e contínua pode “ocupar” essa parte inquieta da mente, bloqueando pensamentos aleatórios e distrações internas.
Ao dar ao cérebro uma tarefa de fundo simples para executar, ele consegue direcionar melhor seus recursos de atenção para a tarefa principal. Os principais mecanismos que explicam o fenômeno são:
- Aumento do fluxo de oxigênio: Fornece mais energia para as funções cerebrais.
- Estímulo do sistema de alerta: Mantém o cérebro engajado e combate o tédio.
- Redução do cortisol: Diminui a ansiedade, liberando a capacidade de foco.
- Bloqueio de distrações: A ação motora repetitiva ocupa a “mente ociosa”.
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