A única vez em que a Torre Eiffel fechou por uma semana inteira não foi por uma ameaça de guerra ou desastre natural. O motivo foi uma greve histórica em dezembro de 1998, quando os funcionários paralisaram as atividades em uma disputa trabalhista que frustrou milhares de turistas.
O que motivou a greve histórica de 1998?
A greve de 1998 foi desencadeada pela implementação da lei das 35 horas semanais de trabalho na França, conhecida como “loi Aubry”. Embora a redução da jornada de trabalho parecesse um benefício, os funcionários do monumento, especialmente os da segurança e manutenção, temiam que a mudança viesse acompanhada de estagnação salarial e piores condições, veja abaixo o vídeo do canal Manual do Mundo:
Os sindicatos exigiam que a transição para a nova jornada fosse feita sem perda de poder de compra e com a contratação de mais pessoal para cobrir os turnos. A negociação com a empresa que gerencia a torre, a Société Nouvelle d’Exploitation de la Tour Eiffel (SNTE), chegou a um impasse, levando à paralisação total.
A disputa foi sobre a redução da jornada de trabalho
O ponto central da disputa era como a nova lei seria aplicada na prática. Os funcionários argumentavam que, sem as devidas compensações, a redução da jornada de 40 para 35 horas semanais resultaria em uma perda real de renda, pois muitas horas extras e bonificações seriam cortadas.
A greve não era apenas sobre dinheiro, mas também sobre a qualidade do trabalho e a segurança do monumento mais visitado do mundo. Os trabalhadores queriam garantir que a redução do tempo de trabalho individual não levasse a uma sobrecarga de tarefas ou a uma diminuição no rigor dos procedimentos de segurança.
Como a paralisação impactou Paris e o turismo?
O impacto do fechamento foi imediato e significativo, especialmente por ocorrer durante a alta temporada de turismo de fim de ano. Milhares de visitantes de todo o mundo, que sonhavam em subir na Dama de Ferro, encontravam os portões fechados e avisos de greve, gerando uma enorme onda de frustração.
A imagem de longas filas de turistas desapontados se tornou um símbolo da disputa e colocou pressão sobre a prefeitura de Paris e a SNTE para encontrar uma solução rápida. A greve dominou o noticiário nacional e internacional, transformando uma questão trabalhista local em um evento de repercussão global.
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Outras vezes em que a torre fechou as portas

Embora a greve de 1998 tenha sido a mais longa, a Torre Eiffel já fechou suas portas em outras ocasiões marcantes. Durante a Segunda Guerra Mundial, os cabos dos elevadores foram cortados pela resistência francesa para que, caso Adolf Hitler quisesse subir, ele tivesse que fazer isso pelas escadas.
Mais recentemente, a torre foi fechada por curtos períodos devido a ameaças de bomba, greves de menor duração, condições climáticas extremas e, claro, durante os lockdowns da pandemia de Covid-19. Cada fechamento, no entanto, reforça a importância do monumento como um símbolo vivo da cultura e da história francesa.
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