Quando um raio atinge um avião, a descarga elétrica é conduzida pela fuselagem de alumínio e dissipada de volta para a atmosfera. As aeronaves são projetadas como “Gaiolas de Faraday“, garantindo que a eletricidade não atinja o interior da cabine.
O design do avião é a primeira linha de defesa
A estrutura de um avião comercial moderno é a principal razão pela qual um raio não representa um perigo catastrófico. A fuselagem, construída majoritariamente de alumínio, um excelente condutor de eletricidade, funciona como uma Gaiola de Faraday. Esse princípio físico garante que a corrente elétrica viaje pela superfície externa da aeronave e saia por outro ponto, como a cauda ou a ponta da asa, veja abaixo o vídeo do canal BlaBlaLogia:
O raio geralmente atinge uma extremidade, como o nariz ou a ponta de uma asa, e a eletricidade percorre a “casca” do avião até ser descarregada, sem nunca penetrar na área dos passageiros ou nos compartimentos de carga. É um evento comum, com cada avião na frota global sendo atingido, em média, uma a duas vezes por ano.
Os sistemas eletrônicos e de combustível são protegidos?
Sim, os sistemas de um avião são projetados com múltiplas camadas de proteção contra descargas elétricas. Os aviônicos, que são os equipamentos eletrônicos de navegação e comunicação, são blindados para resistir a surtos de energia. A fiação é protegida por disjuntores e supressores de surto para evitar danos.
Os tanques de combustível, geralmente localizados nas asas, também são projetados para evitar qualquer faísca. A estrutura ao redor dos tanques não possui lacunas que poderiam permitir a entrada de uma faísca, e a espessura do revestimento é suficiente para suportar o calor gerado pelo raio. A proteção inclui:
- Blindagem reforçada para todos os sistemas eletrônicos essenciais.
- Fiação com isolamento e sistemas de supressão de surtos elétricos.
- Design dos tanques de combustível sem pontos de ignição potenciais.
- Testes rigorosos de certificação exigidos por agências como a FAA (Federal Aviation Administration).
O que os passageiros e pilotos sentem durante o evento?
Na maioria das vezes, o impacto de um raio é quase imperceptível para quem está a bordo. Os passageiros podem ouvir um baque surdo e ver um clarão de luz, mas raramente sentem qualquer solavanco ou efeito físico. A experiência é muito menos dramática do que se poderia imaginar.
Após o evento, os pilotos seguem um procedimento padrão para verificar se todos os sistemas estão operando normalmente. Após o pouso, a equipe de manutenção realiza uma inspeção minuciosa na aeronave em busca de qualquer dano, que geralmente se resume a pequenos furos ou marcas de queimado nos pontos de entrada e saída do raio.
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Os aviões modernos de fibra de carbono também são seguros?

Sim, aeronaves mais novas, como o Boeing 787 Dreamliner e o Airbus A350, que usam compósitos de fibra de carbono em vez de alumínio, são igualmente seguras. Embora a fibra de carbono não seja tão condutora quanto o alumínio, os fabricantes incorporam uma malha de cobre ou bronze na estrutura do material compósito.
Essa malha metálica cumpre a mesma função da fuselagem de alumínio, criando o efeito de Gaiola de Faraday e garantindo que a corrente elétrica seja conduzida de forma segura ao redor da aeronave. Essa tecnologia foi extensivamente testada para garantir o mesmo nível de segurança dos aviões de metal.
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