Um novo estudo revela que o consumo excessivo de álcool pode antecipar em uma década a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) perigosos, além de aumentar o risco de danos cerebrais permanentes e doenças cognitivas.
Consumir álcool em excesso eleva o risco de AVC e danos nos vasos cerebrais?
O levantamento, realizado com 1.600 adultos, apontou que indivíduos que consumiam três ou mais bebidas alcoólicas por dia tinham maior propensão a sofrer hemorragia intracerebral em idades mais jovens. Hemorragias intracerebrais estão associadas a alta mortalidade e a maiores complicações de saúde.
Além disso, o consumo exacerbado de álcool demonstrou causar danos aos pequenos vasos cerebrais, o que pode elevar o risco de demência e prejudicar a cognição de forma duradoura.

Quais são as principais consequências do consumo exagerado de álcool?
A pesquisa publicada na revista Neurology demonstrou que consumidores assíduos de álcool costumavam sofrer AVCs cerca de 11 anos mais cedo do que aqueles que mantinham o consumo moderado. A gravidade dos AVCs hemorrágicos é agravada pelo consumo frequente e elevado de bebidas alcoólicas.
Entre as principais consequências identificadas pelo estudo, destacam-se:
- Maior incidência de hemorragias cerebrais precoces
- Hemorragias cerca de 70% maiores nos casos de alto consumo de álcool
- Menor contagem de plaquetas no sangue e pressão arterial elevada
O que limitações o estudo apresenta?
O estudo analisou dados em um único momento e não fez acompanhamento longitudinal dos participantes. Isso limita o entendimento sobre o consumo real de álcool ao longo da vida dos voluntários.
A possibilidade de relatos imprecisos sobre hábitos alcoólicos também pode influenciar a precisão dos resultados, destacando a necessidade de futuras pesquisas que acompanhem grupos por mais tempo.
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Como a moderação no consumo de álcool pode favorecer um envelhecimento saudável?
Manter o consumo moderado de álcool não só reduz o risco de AVC hemorrágico, como também retarda o progresso de doenças vasculares cerebrais. Estratégias de prevenção, incluindo mudanças de estilo de vida, são ferramentas essenciais para proteger a saúde cerebral em longo prazo.
Especialistas ressaltam a importância de campanhas educativas e de políticas públicas para promover a consciência sobre os perigos do consumo excessivo de álcool e garantir um envelhecimento saudável da população.










