Passar 72 horas sem dormir leva o corpo e a mente a um estado extremo de colapso, resultando em severa deterioração cognitiva e alucinações complexas. A privação de sono nesse nível desliga funções cerebrais críticas, colocando a pessoa em um estado semelhante à psicose.
As primeiras 24 horas: o início da deterioração cognitiva
Após as primeiras 24 horas acordado, os efeitos já são comparáveis aos de ter um nível de álcool no sangue de 0,10%, segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças). O cérebro começa a apresentar falhas significativas na tomada de decisões, na memória de curto prazo e na coordenação motora, Confira abaixo o vídeo do canal Consulta Remédios:
Os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, aumentam, deixando a pessoa mais irritável e emocionalmente instável. A capacidade de concentração despenca, e tarefas que exigem atenção se tornam extremamente difíceis, quase perigosas de serem executadas.
Após 48 horas o cérebro começa a ter “microsonos”?
Sim, ao atingir 48 horas sem dormir, o cérebro começa a forçar “microsonos”, que são episódios de sono involuntários que duram de uma fração de segundo a 30 segundos. A pessoa pode estar de olhos abertos, mas seu cérebro está, em essência, offline, o que causa lapsos de atenção e confusão.
O sistema imunológico também começa a enfraquecer, tornando o corpo mais vulnerável a infecções. O pensamento se torna desorganizado e a percepção da realidade começa a se distorcer. Nesse estágio, é comum a pessoa experimentar:
- Desorientação no tempo e no espaço;
- Aumento da irritabilidade e do estresse;
- Resposta imunológica significativamente reduzida;
- Episódios de “microsono” cada vez mais frequentes.
Chegando às 72 horas: a perda do contato com a realidade
Com 72 horas de privação de sono, a linha que separa a realidade do sonho se desfaz. O cérebro, desesperado por descanso, começa a gerar alucinações visuais, auditivas e táteis complexas. A pessoa pode ver objetos que não existem ou ouvir vozes.
O pensamento se torna profundamente desordenado, podendo levar a delírios e paranoia. Segundo o neurocientista Matthew Walker, autor de “Por que Nós Dormimos”, a privação prolongada de sono empurra o cérebro para um padrão de atividade semelhante ao de certos transtornos psicóticos. Os sintomas incluem:
- Alucinações e delírios vívidos;
- Incapacidade de realizar tarefas simples;
- Paranoia e pensamento desorganizado;
- Esgotamento físico e tremores musculares.
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Quais são os riscos e os efeitos da recuperação?

A privação extrema de sono aumenta o risco de acidentes e pode agravar condições de saúde preexistentes, especialmente as cardiovasculares. Embora o corpo possa se recuperar após o descanso, a chamada “dívida de sono” não é paga hora por hora. O cérebro prioriza os estágios de sono mais críticos que foram perdidos.
A recuperação geralmente leva vários dias de sono de qualidade para restaurar as funções cognitivas e hormonais ao normal. No entanto, a privação crônica pode deixar sequelas a longo prazo. A recuperação foca em:
- Priorizar o sono de ondas lentas (sono profundo) e o sono REM;
- Normalizar os níveis hormonais, como cortisol e insulina;
- Restaurar a função do sistema imunológico;
- Consolidar memórias que foram prejudicadas durante o período.
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