O jejum intermitente é um padrão alimentar que alterna períodos de alimentação com períodos de jejum, promovendo a perda de peso e a reparação celular. Especialistas como o Dr. Mark Mattson, da Universidade Johns Hopkins, afirmam que a prática pode redefinir o metabolismo, mas alertam sobre seus riscos.
O principal benefício é a autofagia e a saúde metabólica
O jejum intermitente força o corpo a esgotar suas reservas de açúcar e começar a queimar gordura, um processo chamado de troca metabólica. Essa mudança não apenas auxilia na perda de peso, mas também melhora a sensibilidade à insulina, um fator chave na prevenção do diabetes tipo 2, Dr Drauzio Varella lista no vídeo abaixo as vantagens e desvantagens:
Além disso, o jejum estimula a autofagia, um mecanismo de “limpeza” celular onde as células removem componentes danificados. Esse processo de renovação celular está associado à longevidade e à redução do risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Quais são os riscos e efeitos colaterais mais comuns?
Apesar dos benefícios, o jejum intermitente pode causar efeitos colaterais, especialmente na fase de adaptação. A restrição alimentar pode levar a dores de cabeça, tontura, irritabilidade e dificuldade de concentração, já que o cérebro precisa se acostumar com a nova fonte de energia.
A qualidade da alimentação durante as “janelas” de alimentação é crucial. Especialistas da Harvard Medical School alertam que focar em alimentos ultraprocessados pode anular os benefícios e levar a deficiências nutricionais. Os principais riscos incluem:
- Fadiga e baixa energia nos períodos iniciais;
- Distúrbios do sono e alterações de humor;
- Risco de desenvolver uma relação conturbada com a comida;
- Deficiências nutricionais se a dieta não for bem planejada.
Leia também: A dieta plant-based é mais do que veganismo e seus efeitos no corpo – BMC NEWS
A perda de peso é realmente sustentável a longo prazo?
A perda de peso com jejum intermitente é eficaz para muitas pessoas, pois naturalmente leva a uma menor ingestão de calorias. No entanto, sua sustentabilidade depende da adesão ao método e da qualidade dos alimentos consumidos, não apenas do tempo em jejum.
Estudos comparativos mostram que, a longo prazo, os resultados de perda de peso são semelhantes aos de uma dieta tradicional com restrição calórica. O sucesso está mais ligado à consistência e à criação de um déficit calórico saudável do que ao método em si.
Quem não deve fazer o jejum intermitente?

O jejum intermitente não é uma prática segura para todos, e a orientação médica é fundamental antes de começar. A restrição calórica e os longos períodos sem comer podem ser perigosos para grupos específicos que possuem necessidades nutricionais ou condições médicas preexistentes.
Ignorar essas contraindicações pode levar a complicações sérias de saúde. Segundo a nutricionista Katherine D. McManus, do Brigham and Women’s Hospital, afiliado a Harvard, os grupos que devem evitar a prática são:
- Gestantes, lactantes e mulheres tentando engravidar;
- Pessoas com histórico de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia;
- Indivíduos com diabetes tipo 1 ou que usam medicação para controle de glicemia;
- Pessoas com baixo peso ou deficiências nutricionais diagnosticadas.
Gostou de entender a ciência por trás do jejum? Compartilhe essa informação com alguém que precisa conhecer os dois lados da moeda antes de começar!










