O teste simples mais eficaz para saber se o mel é puro ou falsificado é o da água: o mel puro, por ser mais denso, afunda e forma um bloco coeso no fundo do copo, sem se dissolver facilmente, Já o mel adulterado, geralmente com xaropes de açúcar, se mistura rapidamente, turvando a água.
O teste da água: o segredo está na densidade
O mel puro é uma solução supersaturada de açúcares, com um baixo teor de água, o que o torna muito denso. Quando você pinga uma colher de mel puro em um copo com água, ele passa direto pela água e se assenta no fundo, mantendo sua forma por um tempo, Confira a demonstração no vídeo abaixo:
Para fazer o teste, basta encher um copo com água em temperatura ambiente e despejar um pouco de mel. Se ele se comportar como um sólido coeso que afunda, é um forte indicativo de pureza. Em contrapartida, o mel falsificado, diluído com água, xarope de glicose ou outras substâncias, tem uma densidade menor e se dissolve quase que instantaneamente.
Por que o mel é um dos alimentos mais fraudados do mundo?
O mel é um dos alvos preferidos de falsificação por uma combinação de fatores: sua produção é complexa e depende de condições climáticas, enquanto a demanda global é altíssima. Isso abre espaço para que produtores desonestos diluam o produto para aumentar o volume e o lucro.
A adulteração mais comum envolve a adição de xaropes baratos que imitam a doçura e a textura do mel, mas não possuem seus nutrientes e propriedades. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil, a fiscalização é constante para combater essas fraudes. Os principais adulterantes são:
- Xarope de milho com alta frutose;
- Xarope de glicose;
- Açúcar invertido (água e açúcar comum aquecidos);
- Melaço de cana de baixa qualidade.
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A cristalização é um sinal de pureza, não de fraude
Um dos maiores mitos sobre o mel falsificado é associá-lo à cristalização. Na verdade, o processo é exatamente o oposto: o mel puro tende a cristalizar com o tempo, especialmente em temperaturas mais frias. Isso acontece porque a glicose, um dos açúcares naturais do mel, se separa da água, formando cristais sólidos.
A velocidade da cristalização depende da origem floral do mel. O mel de flor de laranjeira, por exemplo, demora mais para cristalizar, enquanto o de eucalipto cristaliza mais rápido. O mel falsificado com xaropes raramente cristaliza. Se o seu mel ficou duro, não se preocupe, ele não estragou. Fatos importantes sobre a cristalização:
- É um processo natural que comprova a pureza do mel.
- A temperatura ideal para acelerar a cristalização é em torno de 14°C.
- O mel nunca perde suas propriedades ao cristalizar.
- Para reverter, basta aquecer o pote em banho-maria (sem ferver a água).
Como a legislação e o rótulo podem te proteger?

A forma mais segura de garantir a pureza, além dos testes caseiros, é observar o rótulo do produto. A legislação brasileira exige que os alimentos passem por uma inspeção rigorosa para garantir a qualidade e a segurança do que chega à sua mesa.
O selo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.), ou dos órgãos estaduais (S.I.E.) e municipais (S.I.M.), é a maior garantia de que o produto foi fiscalizado e aprovado. Ao comprar, sempre verifique as seguintes informações na embalagem:
- Selo de Inspeção Federal (S.I.F.), Estadual (S.I.E.) ou Municipal (S.I.M.);
- Lista de ingredientes, que deve conter apenas “mel”;
- Informações claras sobre o produtor ou apiário e a data de validade;
- Ausência de termos como “composto” ou “xarope” na descrição.
Gostou de aprender a não ser mais enganado? Faça o teste em casa e compartilhe essa dica de ouro com amigos e familiares para que todos possam aproveitar os benefícios do verdadeiro mel!








