A Itaúsa anunciou em fato relevante que vendeu cerca de 1,4% de sua participação na XP Investimentos, levantando R$ 1,2 bilhão. A venda de 7,8 milhões de ações da XP vai ter um impacto positivo no resultado do conglomerado no 4º trimestre da ordem de R$900 milhões.
De acordo com a análise de Marco Saravalle, estrategista-chefe da SaraInvest, é necessário desmistificar a ideia de monopólio. “Precisamos estimular mais a concorrência, então que venha a concorrência”, disse.
O especialista explicou que quanto maior a concorrência, mais estímulo geraria para a economia. “A gente ser mais competitivo, eu acho que todo mundo sai ganhando. E no final do dia que subam as ações, que se valorize o que for melhor, quem sair na frente”, analisou.
Saravalle também destacou o case do Nubank e classificou como uma ideia criativa e audaciosa, em razão da movimentação que fez ao longo dos anos e ter tornado-se o maior banco da América Latina.
“Se o Itaú decidir, na minha opinião, vender XP para acelerar a concorrência, até mesmo com a própria XP, eu, como consumidor, agradeço. Já como acionista de Itaúsa e de XP, vou parar para analisar quem ganha e quem perde, esse é o trabalho do acionista”, disse e avaliou que no sistema financeiro existe pouca concorrência.
Para o analista da Nord Research, Fabiano Vaz, a decisão de Itaúsa não foi uma surpresa: “Talvez, a surpresa tenha sido a rapidez”, disse e explicou que a companhia tinha um prazo para segurar os papéis da XP.
“Acho que eles vão continuar vendendo ainda alguns blocos, talvez ao longo do próximo ano e quem sabe até 2023. Em 2022, a Itausa pode receber a fatia que tem de direito. Então, ainda acho que vai ter um movimento bem grande em relação essa saída de itausa na XP”, destacou.
Confira a análise na íntegra:
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