O impacto do atraso na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em 2025 coloca em discussão se o orçamento do governo federal vai avançar no Congresso. Para o comentarista de política e economia Miguel Daud essa situação pode transformar a pauta fiscal em uma “moeda de troca” entre o Executivo e o Congresso, elevando a incerteza econômica no Brasil. A falta de ajustes em gastos públicos ou a ausência de novas fontes de receita podem comprometer a execução de despesas básicas, um alerta que não pode ser ignorado.
O analista destaca que, sem medidas adequadas, o governo corre o risco de ficar sem caixa. “Em anos eleitorais, a pressão por recursos aumenta significativamente”, adverte Daoud. Isso sugere que o governo terá que tomar decisões difíceis, especialmente em um cenário de incerteza fiscal e econômica.
Além disso, Daoud menciona que, embora o mercado financeiro se mantenha estável, pode reagir a choques imprevisíveis. “A combinação de deficiência estrutural e baixa previsibilidade fiscal é um fator de risco que pode ser perigoso para a economia”, salienta. Nesse contexto, a confiança dos investidores pode ser abalada, levando a um aumento nas taxas de juros e a uma diminuição dos investimentos.
Os riscos fiscais são um tema recorrente nas discussões sobre a economia brasileira. Sem uma estratégia clara de ajuste fiscal, o governo pode enfrentar desafios significativos. Daoud aponta que, “sem um planejamento eficaz, o Brasil pode ver suas despesas essenciais comprometidas, afetando diretamente a população”.
No atual cenário, os investidores devem estar atentos às mudanças na política fiscal. A falta de clareza nas diretrizes orçamentárias pode causar volatilidade nos mercados. “Os investidores precisam entender que a incerteza fiscal pode levar a um cenário macroeconômico desfavorável, afetando suas estratégias de investimento”, comenta Daoud.