A Fitch, uma agência de classificação de risco, anunciou na quarta-feira, 26, uma melhoria na classificação de risco do Brasil. A agência elevou o rating soberano do país de BB- para BB, com uma perspectiva estável. No entanto, isso ainda está dois degraus abaixo do grau de investimento desejado.
Entendendo a classificação de risco

A nota de crédito, também conhecida como classificação de risco soberano, é uma avaliação dada às nações pelas agências classificadoras de risco com base na sua capacidade e disposição para honrar seus pagamentos de dívida. A melhoria na classificação do Brasil ainda representa um nível especulativo na avaliação da Fitch.
Comparação com outras agências
No mês passado, a agência Standard & Poor’s revisou as suas notas para o Brasil. A perspectiva de rating do país foi alterada de estável para positiva, algo inédito desde 2019. Seu rating para o Brasil é BB-, equivalente ao BB da Fitch. Nas duas agências, o Brasil atingiria o grau de investimento se subisse três degraus na classificação.
Na agência Moody’s, o rating do Brasil está um patamar acima, Ba2. Para alcançar o grau de investimento nessa agência, o Brasil precisaria subir apenas dois degraus. No entanto, nas três agências com as quais o Brasil tem contrato, o país continua na categoria de especulação, com baixa classificação.
O significado das notas de rating
As agências de classificação de risco costumam atribuir notas para as dívidas de curto e longo prazos, e estas podem ser em moeda local ou estrangeira. A nota mais comum é a emissão de títulos de longo prazo em moeda estrangeira, que é usada como referência para definir o risco de crédito dos países.
O sistema de rating é relevante para os investidores, pois fornece uma opinião imparcial sobre o risco de crédito da dívida do país analisado. As notas são classificadas em dois grupos principais: Grau Especulativo (D até BB+) e Grau de Investimento (BBB- até AAA).
O grau de investimento é uma espécie de selo de bom pagador, que garante segurança para os investidores para aplicar recursos em um determinado país. Alguns fundos de investimentos internacionais só podem investir em países com esse selo.
O Brasil recebeu o grau de investimento pela primeira vez em abril de 2008, e perdeu o mesmo em setembro de 2015. Atualmente, o país busca recuperá-lo para atrair mais investimentos.