A base de cálculo do Imposto de Renda para 2024 foi atualizada, trazendo consigo um novo modelo de tabela progressiva. Essa atualização eleva a faixa de isenção para R$ 2.112, um valor expressivamente maior se comparado aos antigos R$ 1.903,98 de isenção.
As mudanças foram motivadas pela intenção da Receita Federal em simplificar o recolhimento do imposto. Assim, foi implementado um desconto simplificado de R$ 528 diretamente na fonte de recolhimento. Essa nova implementação acarreta numa nova faixa de isenção total de Imposto de Renda, agora no valor de R$ 2.640 – a soma equivale a duas vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.320.
Quem será beneficiado pela nova tabela progressiva do Imposto de Renda?

A previsão é de que aproximadamente 13,7 milhões de contribuintes pessoas físicas sejam isentos do pagamento do Imposto de Renda, de acordo com projeções da Receita Federal. Isso é resultado direto das atualizações no cálculo do Imposto.
O governo federal anunciou ainda a intenção de estender a isenção para contribuintes com salários de até R$ 5 mil, prevista para entrar em vigor até 2026, final do terceiro mandato do Presidente Lula.
Como fica a nova tabela do Imposto de Renda para 2024?
A nova composição da tabela progressiva do Imposto de Renda divide-se em diferentes faixas salariais, cada uma com uma alíquota diferente e uma parcela específica a deduzir. A faixa de isenção estende-se até R$ 2.112. Salários de R$ 2.112,01 a R$ 2.826,65 terão o imposto calculado em 7,5%, descontando-se a quantia de R$ 158,40. Já aqueles que ganham de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 serão taxados em 15%, subtraindo-se R$ 370,40. A próxima faixa, de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 terá alíquota de 22,5%, deduzindo-se R$ 651,73. Os salários acima de R$ 4.664,68 serão taxados em 27,5%, subtraindo R$ 884,96.
Qual a importância dessa atualização na tabela do Imposto de Renda?
Esta atualização na tabela do Imposto de Renda é de grande importância, pois é a primeira alteração integral na tabela desde 1996. Este reajuste tem como objetivo principal corrigir a defasagem de 155% que se acumulou até maio de 2023, segundo dados da Unafisco Nacional. Anteriormente, durante o governo Dilma Rousseff, uma atualização parcial estabeleceu a faixa de isenção em R$ 1.903,98, valor que permaneceu até 2023.
Essa tabela progressiva está em vigor desde maio de 2023, mas os efeitos só serão sentidos pelo contribuinte na declaração de 2024, referente ao ano-base 2023.