O ano de 2024 traz uma decisão jurídica importante para os aposentados brasileiros. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai promover a retomada do julgamento sobre a revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa revisão tem a ver com a decisão de se contribuições anteriores ao ano de 1994, o tempo pré-Plano Real, podem ser usadas para o cálculo das aposentadorias.
O processo foi inserido pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, na pauta dos julgamentos a serem realizados a partir do início de 2024. A análise do caso havia sido suspensa em 1° de dezembro de 2023, devido a um pedido de destaque apresentado pelo Ministro Alexandre de Moraes. O julgamento agora continuará de maneira presencial.
Como está o julgamento da revisão da vida toda para aposentados do INSS?

Em dezembro de 2022, o STF manteve a validade da revisão da vida toda, autorizando os aposentados que procuraram a justiça a pedir o recálculo do benefício baseado em todas as contribuições feitas ao longo da vida. O cálculo permite que o beneficiário possa optar pelo critério que ofereça o maior valor mensal. Cabe, portanto, ao aposentado avaliar se o cálculo da vida toda pode aumentar ou não seu benefício.
Contudo, mesmo após a validação da revisão, o INSS fez uma solicitação para restringir os efeitos da decisão, visando excluir a aplicação da revisão para benefícios previdenciários já extintos, decisões judiciais negativas anteriores e a proibição de pagamento retroativo de diferenças antes de 13 de abril de 2023, data da publicação do acórdão do julgamento do STF.
Como esse julgamento impacta os aposentados?
Diante desses fatos, a retomada do julgamento da revisão da vida toda pelo STF será um grande marco para os aposentados. A decisão poderá impactar não apenas os benefícios atuais, mas também trará reflexos para as contribuições feitas antes de 1994, beneficiando muitos brasileiros que contribuíram com o INSS anteriormente a essa data.
Portanto, a expectativa pela votação está alta, considerando a relevância do problema. A chegada do novo ministro Flávio Dino, que deve assumir a pasta somente após o dia 8 de janeiro, também poderá trazer novas reviravoltas na votação, pois é comum que novos ministros solicitem mais tempo para analisar os processos em andamento.