No mundo financeiro, o Banco Central (BC) anunciou recentemente uma atualização em suas projeções para a economia brasileira. No Relatório Trimestral de Inflação, divulgado no dia 21 de dezembro, a entidade elevou sua previsão de crescimento para 2023 de 2,9% para 3%.
Ao mesmo tempo, houve uma revisão do desempenho esperado para 2024, mas para menos. O BC reduziu a projeção de crescimento de 1,8% para 1,7%. Contudo, essas estimativas continuam a retratar um cenário economicamente positivo para o Brasil daqui a dois anos.
O que esperar do PIB em 2023 e 2024?

A projeção do BC para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 está agora alinhada com as expectativas do governo federal. Para 2024, no entanto, a instituição financeira mantém um otimismo moderado. Segundo dados do Ministério da Fazenda de novembro, a previsão de crescimento para o ano seguinte é de 2,2%.
Contrapondo a essas previsões, o compilado Boletim Focus mostra expectativas mais modestas tanto para este ano quanto para o próximo, com projeções de crescimento de 2,92% e 1,51%, respectivamente.
Quais foram os fatores para a revisão das estimativas?
O BC afirma que a leve revisão para baixo em 2024 deve-se a uma retração nas projeções para a produção agropecuária e para a indústria. Além disso, apontou que deve haver uma diminuição no consumo do governo e dos investimentos, embora espera uma retomada do crescimento ao longo do próximo ano.
As expectativas positivas para o próximo ano, segundo o Banco Central, são baseadas na manutenção de um saldo positivo nas contas externas, mesmo com a moderação do consumo das famílias e a retomada dos investimentos.
E sobre a Inflação?
Na questão da inflação, o relatório mostrou uma substancial melhoria em relação às projeções do último trimestre. A probabilidade de o índice de preços superar o teto da meta de inflação neste ano, de 4,75%, foi revisada de 67% para 17%. Essa notícia traz um sinal de alívio em meio ao arcabouço de desafios econômicos enfrentados pelo país nos últimos tempos.