Com a chegada de 2024, prevê-se um endurecimento nas exigências para a aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Tal mudança é uma consequência direta da reforma da Previdência, cujo objetivo principal é incentivar os trabalhadores a contribuir por mais tempo antes de começarem a receber. A medida visa equilibrar o sistema previdenciário, diminuindo a disparidade entre as entradas de contribuições e os pagamentos de benefícios.
Atualmente, a regra geral exige que as mulheres tenham uma idade mínima de 62 anos e pelo menos 15 anos de contribuição, enquanto os homens devem ter 65 anos e 20 anos de contribuição para se aposentar. Porém, para aqueles que começaram a contribuir antes da reforma de 2019, foram criadas regras de transição que preveem o aumento dessas exigências.
Quais as Perspectivas para aposentadoria em 2024?

Conforme as regras de transição, a partir de 2024, haverá um aumento de seis meses na idade mínima para se aposentar. As mulheres poderão se aposentar aos 58 anos e 6 meses e os homens aos 63 anos e 6 meses. Além disso, o tempo de contribuição será de 30 anos para mulheres e 35 para homens.
O que é a regra dos pontos e como ela avança em 2024?
A regra dos pontos – que soma a idade do contribuinte ao tempo de contribuição – também sofrerá alterações a partir de janeiro de 2024. A pontuação mínima para solicitar aposentadoria nesse ano será de 101 pontos para os homens e 91 para as mulheres.
Um exemplo disso é a funcionária pública Margareth Gonçalves, de 62 anos, que contribuiu para a Previdência por mais de 30 anos. Ela já solicitou sua aposentadoria e se enquadra na regra dos pontos. Margareth anseia pelo momento de poder aproveitar mais tempo com seus netos, amigos e desfrutar da qualidade de vida pela qual tanto lutou.
Reforma da Previdência e as implicações para os trabalhadores
A reforma da Previdência busca incentivar os trabalhadores a contribuir por mais tempo para se aproximar do teto pago pela Previdência, que atualmente é de R$ 7.507. Desse modo, a reforma exige que o trabalhador tenha mais idade e contribua por mais tempo.
O vice-presidente do Instituto Direito Previdenciário, Diego Cherulli, reitera a importância do planejamento dos trabalhadores diante dessas mudanças. Ele explica que as novas regras são muitas e, por isso, o trabalhador precisa se programar para garantir uma aposentadoria tranquila.