Iniciamos a semana com novas perspectivas para a economia brasileira. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou suas previsões para o cenário econômico do nosso país na Conferência Eleitoral do Partido dos Trabalhadores. Nesse evento preparatório para as eleições municipais de 2024, Haddad antecipou uma expectativa otimista para a taxa Selic.
Haddad afirmou que a expectativa é de que a taxa Selic, que é a taxa de juros básica do Brasil, chegue a 11,75% na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), apontada para terminar na quarta-feira, 13 de dezembro. Esta afirmativa veio à tona durante o evento em Brasília na manhã do último sábado (09).
O que esperar da economia brasileira?

Além da queda na taxa Selic, o Ministro da Fazenda também teceu previsões positivas sobre a criação de empregos formais no país. A expectativa é que o Brasil encerre 2023 com 2 milhões de novos empregos formais, de acordo com o que foi antecipado por Haddad.
Entretanto, não são apenas boas notícias. Haddad mencionou que não será possível executar todo o orçamento de 2023 devido à falta de pessoal, já que os concursos para a contratação de servidores públicos não foram concluídos – uma informação reportada inicialmente pelo jornal Valor Econômico.
As divergências dentro do Partido dos Trabalhadores
Durante o evento, pôde-se notar um embate entre o Ministro da Fazenda e Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. A discussão orbitou em torno dos gastos públicos, com Hoffmann defendendo um déficit entre 1% e 2% do Produto Interno Bruto (PIB), em resposta à política fiscal do governo federal.
Apesar de não estar na ala do Partido dos Trabalhadores que é contra a meta fiscal, onde se encontra Gleisi Hoffmann, Haddad se colocou como desenvolvimentista e contrário a agendas econômicas conservadoras. Ele critica, por exemplo, a “receita de bolo” de vender patrimônio público e restringir direitos sociais.
Quais são os próximos passos para a economia brasileira?
Fernando Haddad também indicou que a próxima semana será decisiva para que o Orçamento de 2024 seja mais consistente e financie os direitos dos trabalhadores, a saúde e a educação. Além disso, o Ministro afirmou que está buscando uma solução para a desoneração da folha de pagamento – que hoje é válida para 17 setores da economia. Essa afirmação sugere que a Economia brasileira pode ter um panorama positivo e otimista para 2024.