Um novo ano está se aproximando e com ele também deverá ocorrer um reajuste no salário mínimo brasileiro. De acordo com o Orçamento de 2024, o salário mínimo previsto para o próximo ano será de R$ 1.421, apresentando um aumento de R$101, o que equivale a um aumento de 7,7% em relação ao valor vigente de R$ 1.320.
Vale lembrar que no dia 1º de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma Medida Provisória, realizando um aumento do salário mínimo de R$ 1.302, determinado pela gestão anterior, para o atual valor de R$ 1.320. Durante a campanha eleitoral, o atual presidente defendia um reajuste real do salário mínimo, de modo a garantir que o valor não estaria defasado em relação à inflação.
O que esperar do salário mínimo em 2024?
Com a virada do ano, a expectativa é que o valor do salário mínimo comece a ser debatido novamente. A população de baixa renda, principal beneficiada pela medida, espera que o reajuste possa trazer algum alívio do impacto causado pela inflação e pelo aumento dos preços. Todavia, o novo valor só será válido a partir do dia 1º de janeiro de 2024.
Além do debate sobre o valor do salário mínimo, outra discussão que promete ganhar destaque nos próximos meses é a metodologia para o cálculo do reajuste.
Como é realizado o cálculo para o reajuste do piso salarial?
Até 2019, o reajuste do salário mínimo era definido com base no Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No entanto, essa metodologia foi modificada no ano seguinte, passando a considerar apenas a variação da inflação do INPC. Por exemplo, em 2021, o INPC registrou alta de 10,16% e o reajuste do salário mínimo acompanhou esse índice, com um aumento de 10,18%. A nova regra para a valorização do salário mínimo é composta pelo INPC, mais o PIB dos dois anos anteriores.
Cabe ressaltar que, mesmo com o reajuste, a questão que fica em aberto é se o valor será suficiente para cobrir as despesas dos trabalhadores de baixa renda, tendo em vista a atual crise econômica e a alta da inflação. Afinal, a população mais carente é a mais afetada pela inflação e pela alta dos preços.
