O cenário econômico nacional apresenta uma série de influências à reação atual do mercado brasileiro de renda fixa. Dentre os elementos ao centre deste furacão econômico, destaca-se a recente diminuição na taxa média de desemprego do país – movendo-se de 7,7% para 7,6% no trimestre que se findou em outubro. Outros importantes fatores que merecem atenção também residem em indicadores de emprego na Europa, além da inflação nos Estados Unidos.
Consequentemente, a conjunção dessas variáveis resultou no aumento das taxas dos títulos do Tesouro Direto. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou os números de emprego recentemente, surpreendendo o mercado que aguardava estabilidade da taxa em 7,7%, conforme o consenso definitivo de analistas.
Qual o impacto das taxas de desemprego no rendimento da população?

O rendimento médio real da população brasileira estimou-se em R$ 2.999, com um crescimento de 1,7% ao comparar-se com o trimestre que terminou em julho. Ademais, este valor mostra um aumento de 3,9% se comparado ao mesmo período de 2022. Assim, um expressivo incremento na renda média dos brasileiros se destaca, melhorando assim, o poder de compra da população.
A situação no cenário internacional também demonstra alterações significativas. Na zona do euro, por exemplo, a taxa de desemprego manteve-se estável nos 6,5% em outubro, segundo notícia fornecida pelo Eurostat, escritório oficial de estatísticas da União Europeia. Enquanto isso, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou hoje que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,2% em outubro ante setembro.
O que isso significa para o Tesouro Direto?
Os dados econômicos, vindos de variadas fontes, demonstram um cenário que supera as projeções do consenso LSEG. O plenário do Senado Federal brasileiro endossou recentemente a alteração proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) no que concerne às normas de tributação das aplicações financeiras mantidas por brasileiros no exterior. Isso, juntamente com o decreto que regulamenta o instrumento do trust no Brasil e altera a taxação de fundos exclusivos (PL 4.173/2023).
O reflexo desse cenário observa-se no aumento das taxas do Tesouro Direto, chegando a 10,85% ao ano na primeira atualização do dia. Além disso, o papel da inflação mostra uma rentabilidade anual de 5,76% contra 5,69% na véspera. Os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto prometem movimentar bastante o mercado nas próximas semanas.
















