
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (22) que o voto de minerva ocorreu, na verdade, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, não em agosto. A autoridade monetária enfatizou que o último encontro apenas elevou a intensidade da flexibilização.
Campos Neto disse que foi o voto de minerva na discussão sobre a comunicação da autarquia entre deixar, ou não, a porta aberta para o início do corte de juros.
Em participação da 24ª Conferência Anual Santander, ele afirmou que o Copom deste mês mudou as votações para um corte de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p. de redução.
Para o presidente do BC, o ambiente favorável em manter a meta da inflação em 3% para 2026 e a queda dos preços ao consumidor melhor do que o esperado favoreceram a posição dos membros do Copom em intensificar a queda da Selic.
Apesar da queda na Selic, a autoridade monetária destacou a necessidade de insistir no combate contra a inflação: “A batalha contra a inflação não está ganha. Precisamos persistir. Por isso colocamos na comunicação de que os juros ainda precisam ser restritivos”.
Campos Neto também disse que os números da China causaram preocupação. A parte imobiliária, que é um grande fator no país asiático, está puxando o crescimento para baixo atualmente.