Ganhos na análise de ativos serão importantes, mas é preciso ter atenção aos problemas potenciais provocados pelo uso, sobretudo, das plataformas genéricas
A chegada ao mercado no começo do ano de ferramentas de inteligência artificial (IA) baseadas em LLMs (Large Language Models), como o ChatGPT, da OpenAI/Microsoft, ou o Bard, da Google, deixou o que era uma tecnologia para poucos ao alcance de praticamente qualquer pessoa ou empresa. Por depender da captação e da análise de quantidades cada vez maiores de dados, o mercado de capitais é uma área em que o avanço dessa ferramenta tende a ter um impacto transformador. Mas se as oportunidades para gestores de ativos, consultores independentes e até investidores individuais são inimagináveis, os riscos tampouco são desprezíveis.
A velocidade de adesão à tecnologia e às novas ferramentas da inteligência artificial baseadas em modelos de LLM é sem precedente. De acordo com um levantamento da firma de venture capital a16z, enquanto o Facebook levou 10 meses para atingir o patamar de um milhão de usuários e o Instagram, 3 meses, o ChatGPT chegou à marca em apenas 5 dias.
No mercado financeiro, a ansiedade pela adoção da tecnologia não é menor. Uma pesquisa internacional da Forrester Research, realizada em 2022, mostrou que 62% dos profissionais das empresas de gestão de patrimônio consultadas previam um aumento dos gastos em tecnologias emergentes, como as ferramentas de inteligência artificial, nos 12 meses seguintes.