No último dia 31, o Governo do Estado de São Paulo anunciou que na rede estadual não se usaria livros a partir do 6° ano, apenas o material didático digital. A decisão, questionada por especialistas e investigada pelo Ministério Público, ganha um novo capítulo.
Durante a inauguração de uma creche no sábado, 5, o governador Tarcísio Freitas afirmou que além do material digital, os alunos receberão o conteúdo impresso. Mas não voltou atrás na decisão de participar do plano pedagógico do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), os materiais, físicos ou digitais, serão de produção do Estado de São Paulo.
No mesmo evento, Tarcísio Freitas falou sobre os objetivos da construção do material didático digital: “Ao longo deste ano, a gente fez um esforço muito grande de criar conteúdo digital. São aulas digitais, mais de 6 mil aulas que foram preparadas. Qual o objetivo disso? Facilitar o esforço do professor e também padronizar, uniformizar. Então, isso vai garantir que um aluno que estará na ponta do Vale do Paraíba vai ter o mesmo conteúdo que vai ser ministrado no Alto Tietê, no Vale do Ribeira, no oeste do Estado, e na capital paulista”.
Do outro lado, as críticas seguem com editoras e autores, ligados à entidades do livro, que reforçaram a preocupação com a decisão por meio de um manifesto.