Tornar o mercado de capitais mais simples com uso de tecnologia, criando operações mais rápidas, seguras e baratas. Esses eram desde o começo os principais objetivos da Vórtx, fintech especializada em infraestrutura de investimentos com foco em tecnologia fundada em 2015 pelos advogados Alexandre Assolini e Juliano Cornacchia.
“Desde que fundamos a Vórtx, nosso mindset sempre foi o de simplificar o mercado de capitais. O que queríamos era que esse mercado fosse o concorrente natural para o mercado bancarizado. Ou seja, que as pessoas pudessem tomar e emprestar dinheiro sem uma intermediação dos bancos”, disse Cornacchia, CEO da companhia, durante participação no Mercado & Beyond, da BM&C News.
Antes da criação da Vórtx, o executivo aponta que existia muita dificuldade e burocracia para as operações envolvendo crédito no país. “O caminho para que o dinheiro saísse do investidor e chegasse no tomador parecia uma tubulação da década de 1920 [se referindo ao procedimento arcaico]. Achávamos que se conseguíssemos simplificar isso com tecnologia, teríamos mais dinheiro circulando –e mais barato”, afirma.
Além disso, a tecnologia também ajudaria a tornar os mercados mais líquidos. “Para vender uma debênture de 10 anos no meio do caminho, é preciso ter todos os dados. Agora, com a tokenização, conseguimos fazer todo esse caminho de uma forma digital. Essa é a tese por trás da Vortx”, afirma Cornacchia
Para definir o modelo de negócio, eles buscaram informações e se especializaram no Vale do Silício, na Califórnia – berço de empresas como Google, Apple e Facebook.
Crescimento
Cornacchia destacou que o mercado de tokenização está crescendo cada vez mais no Brasil e nos próximos anos o desenvolvimento deve ser ainda mais acelerado, à medida que esse tipo de operação ganha espaço no mercado financeiro.
“Vamos sair de um mercado de “bilhões” para um mercado de “trilhões” [de reais], afirmou. “Quando vejo esse tema [de tokenização de ativos financeiros] nas principais autarquias do país, vejo que estamos em outro nível de maturidade em relação à tecnologia e segurança. Arrisco a dizer que, talvez em cinco anos, veremos um movimento bem robusto de tokenização no mercado financeiro”, continuou o executivo.
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