O mercado de tokenização está crescendo cada vez mais no Brasil e nos próximos anos o desenvolvimento deve ser ainda mais acelerado, na opinião de Juliano Cornacchia, CEO da Vórtx.
Durante participação no Mercado & Beyond, da BM&C News, Cornacchia destacou que o mercado de tokenização começou com ativos não-financeiros, devido a dificuldades dos órgãos reguladores com esse tipo de operação. A partir do momento que ele começar a ganhar espaço no mercado financeiro, o crescimento deve ser exponencial. Vamos sair de um mercado de “bilhões” para um mercado de “trilhões” [de reais], afirmou.
“Quando vejo esse tema [de tokenização de ativos financeiros] nas principais autarquias do país, vejo que estamos em outro nível de maturidade em relação à tecnologia e segurança. Arrisco a dizer que, talvez em cinco anos, veremos um movimento bem robusto de tokenização no mercado financeiro”, continuou o executivo.
O CEO da Vórtx cita os testes que o Banco Central tem feito para a implementação do Real Digital. Para mim esta é uma mudança bem relevante. Se o Real Digital emplacar nos próximos anos, acho que será um grande impulsionador [para o mercado de tokenização], afirma.
Ainda segundo ele, um problema que ainda temos hoje com ativos tokenizados é a liquidação, que é feita fora da rede. Com esse movimento do BC, a unidade monetária seria transformada em um token. “Com esse dinheiro tokenizado eu consigo fazer tudo dentro da rede, tanto a negociação do ativo, quanto a liquidação financeira”, diz.
Para o executivo, essa é uma mudança que simplifica a operação e melhora aspectos de fraude, aumentando a segurança. “Quando colocamos qualquer dado dentro da blockchain ele passa a ser rastreável. Então o dinheiro passa a ser rastreável do início ao fim. Por isso, [o Real Digital] é um gatilho grande para que a tokenização vire uma commoditie no mercado financeiro”.
Quebra de paradigmas
O CEO afirma que as pessoas ainda têm um pouco de dificuldade de entender a tokenização, mas a partir do momento que elas começarem a sentir o benefício desse tipo de operação – que pode ser mais segura e barata – ela será cada vez mais utilizada – assim como aconteceu com os meios de pagamentos eletrônicos.
Cornacchia destaca que por muito tempo era o único meio de pagamento das transações. “Demorou um tempo que as pessoas entendessem que os meios eletrônicos eram seguros e podiam fazer as mesmas operações de forma mais simples e rápida”.
“Hoje, se você olhar o volume de dinheiro físico que transita na economia brasileira, o número é infinitamente menor do que era 10, 15, ou 20 anos atrás”, conclui.
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