Ainda pouco difundidas no mercado brasileiro, as obras de arte têm garantido alta rentabilidade aos investidores. Duas operações lançadas no ano passado pela Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina, garantiram ganhos acima do CDI e foram encerradas antes do prazo previsto.
Hoje cerca de 800 pessoas físicas já investem no segmento através de tokens (representação digital de frações de ativos reais que possuem valor comercial), número 50,66% maior do que em 2022. E, tendo em vista os ganhos alcançados, a tendência é de crescimento.
Esta semana, a Hurst anunciou a venda das obras de Judith Lauand e Alfredo Volpi e com isso o pagamento do retorno aos detentores dos tokens. “Com o encerramento, 191 investidores receberam de volta o capital empregado acrescido dos rendimentos proporcionados pelos ativos e num prazo muito menor do que o inicialmente previsto”, lembra Ana Maria de Carvalho, head de investimento em Obras de Arte da Hurst Capital.
Iniciada em novembro de 2022, a operação que envolveu o quadro de Judith Lauand, nome de grande importância no movimento concretista, foi encerrada com rentabilidade de 18,5% ao ano. “Estávamos com uma projeção de 18 meses, mas recebemos uma boa proposta e os investidores optaram por liquidar”, explica Ana Maria.
Já a operação com o pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi, conhecido pelas imagens de bandeirinhas coloridas, foi lançada em fevereiro deste ano e encerrada agora com uma rentabilidade de 16,6% a.a. apenas cinco meses depois. O objetivo do investimento era atingir um ganho anual entre 14% e 24% em um prazo de 12 a 24 meses.
Para a executiva, o fato de os dois investimentos terem sido encerrados bem antes da estimativa é um fator que dá mais segurança, pois muitos dos questionamentos na hora de decidir aportar recursos na operação estão relacionados à liquidez.
“Ficamos muito felizes de entregar uma rentabilidade acima da maioria dos investimentos do mercado brasileiro e com este nível de segurança. Ainda é muito difícil para o investidor brasileiro e para o público em geral entender o retorno da aplicação em obras de arte”, comenta Ana Maria.
Esta é a terceira vez que a Hurst entrega resultado positivo com investimento em obras de arte. A primeira operação lançada pela plataforma ocorreu em 2021 e envolvia três telas do expoente da arte cinética, Abraham Palatnik. Na ocasião, a rentabilidade projetada era de 17,36% ao ano em um prazo de 24 a 36 meses. Embora as telas, juntas, valessem mais de R$ 650 mil, qualquer um com R$ 10 mil disponíveis poderia aproveitar a oportunidade e se tornar proprietário, mesmo que parcialmente, de um ativo muito valioso. Treze meses depois, foi concluída com valorização de 27%, dez pontos percentuais acima do previsto.
“Ao longo dos últimos três anos estamos realizando um trabalho muito detalhado de pesquisa que indica que o investimento em obras de artistas blue chip, não desvalorizam e podem atingir alta rentabilidade”, ressalta a executiva da Hurst.
Nova operação
Agora a Hurst pretende replicar o sucesso com o Palatnik e acaba de lançar uma nova operação com duas obras do artista, a W578, de 2014 e a W896, de 2016. A operação tem prazo previsto de 20 meses com rentabilidade estimada de 20,59% ao ano em um cenário base. O aporte mínimo é de R$ 5 mil.
“Desta vez realizamos uma pesquisa com 100 transações de obras de Palatnik da série W, realizadas entre 2007 e 2022, e descobrimos que estas obras valorizaram 19,06% ao ano”, explicou a head de investimento.
Filho de judeus russos, Abraham Palatnik nasceu em 1928 na cidade de Natal-RN, e mudou-se com a família para Tel-Aviv aos 4 anos de idade, onde iniciou sua formação técnica em física e mecânica, mas fez também aulas de pintura, desenho e estética no Instituto Municipal de Arte de Tel-Aviv. Aos 20, retorna ao Brasil indo morar no Rio de Janeiro.
O artista falecido em 2020, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima de Covid-19, participou de mais de uma centena de exposições no Brasil e exterior, entre elas algumas Bienais de São Paulo. Suas obras estão nas coleções de museus como o de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e o de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
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