
Na última quarta-feira (14), a agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil de estável para positiva, classificação essa que não acontecia no país desde 2019. Além disso, a agência reafirmou o rating de crédito soberano, que reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, em “BB-“.
Essa classificação ainda indica um “grau especulativo”, que aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.
Mediante a essa nova classificação, Marco Saravalle, Estrategista-chefe da SaraInvest, avalia que na verdade, o Brasil ainda está muito longe de se tornar um bom pagador para o mercado exterior e diz que o país ainda tem um grande caminho a percorrer.
“Quando a gente fala de rating, estamos falando, basicamente, da percepção e da probabilidade e do risco de você não pagar e não conseguir honrar com suas dívidas. Então a gente precisa lembrar que o Brasil ainda está sendo visto muito próximo da América Latina. Se a gente pegar desde o início do século até agora, o Brasil só dá sinal de expansão da dívida”, explica Saravalle em participação na programação da BM&C News.