
Os investidores nos Estados Unidos seguem atentos nesta quarta-feira (17) às negociações sobre o teto da dívida entre o presidente Joe Biden e os líderes do Congresso. Um acordo ainda está longe de ser feito, como destacou o republicano Kevin McCarthy, presidente da Câmara, mas disse que houve uma “melhora” na estrutura das negociações.
Os índices futuros dos EUA operam positivos hoje, uma vez que as ações do Western Alliance (Nyse: WAL; BDR: WABC34) disparam mais de 9% no pré-mercado após registrar aumento nos depósitos. Apesar disso, o clima positivo também demanda cautela devido aos receios de recessão na maior economia do mundo.
Na agenda econômica, o mercado fica de olho nos dados de construção de novas moradias e licenças de construção nos EUA. No Brasil, o destaque serão as vendas no varejo do IBGE, com projeção de queda de 0,8% em março na comparação com o mês anterior e de retração de 0,1% na base anual.
Ainda entre os indicadores, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,53% em maio, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mês anterior, a taxa havia sido de -0,58%. Com esse resultado, o índice acumula variação de -1,99% no ano e de -3,49% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice subira 0,10% no mês e acumulava elevação de 12,13% em 12 meses.
No cenário político, a Câmara dos Deputados votará a urgência do novo arcabouço fiscal, que endureceu as regras em caso de descumprimento da meta de resultado primário e incluiu gatilhos de contenção de despesas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a aprovação do texto será um desafio, mas acredita em uma vitória por ampla margem na votação.
Ásia e Europa
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta após dados animadores de crescimento do Japão e em meio ao impasse no diálogo sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.
As bolsas europeias operam mistas hoje pela manhã, com os investidores de olho nas negociações do teto da dívida nos Estados Unidos. Além disso, o mercado também reage aos dados de inflação da zona do euro, que majoritariamente dentro do esperado, mas ainda persistentemente alto.
A inflação da zona do euro acelerou para 7,0% em abril na base anual, ante 6,9% em março, confirmando dados preliminares divulgado no início do mês, de acordo com o Eurostat. Na comparação mensal, o Índice de Preços ao Consumidor do bloco subiu 0,6%. O núcleo da inflação, sem os componentes mais voláteis de energia e alimentos não processados, desacelerou em abril ante março e ficou em 5,6% na base anual.
Agenda econômica
- Câmara dos Deputados: votação da urgência do arcabouço fiscal
- Fipe: IPC da 2ª quadrissemana de maio (5h)
- Zona do euro Eurostat: CPI final de abril e Núcleo da CPI (6h)
- FGV: IGP-10 de maio (8h)
- FGV: IPC-S Capitais da 2ª quadrissemana de maio (8h)
- IBGE: Vendas no varejo restrito em março devem cair 0,2%, na margem; no varejo ampliado, devem cair 0,5%, na margem (9h)
- Roberto Campos Neto discursa na abertura da I Conferência Anual do BC brasileiro (9h15)
- EUA/Dept°. do Comércio: construções de moradias iniciadas em abril (9h30)
- Fernando Haddad deve participar da audiência pública conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico, Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle (10h)
- EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 12/05 (11h30)
- BC: Fluxo cambial semanal (14h30)