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Início Opinião

A velha e sempre nova monarquia

Passados dias da coroação do Rei Charles III, impressionou o espetáculo dos britânicos em apresentar sua relação com a manutenção da tradição monarca

Por Marcus Vinícius de Freitas
18/05/2023
Em Opinião
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Rei Charles III
Rei Charles III. Foto: Yui Mok, Pool via REUTERS

Passados alguns dias da coroação do Rei Charles III, que ocupou a mídia internacional no último fim de semana, impressionou o espetáculo que os britânicos apresentaram ao mundo em relação à sua organização, à pompa e elegância, além da manutenção da tradição. 

A cerimônia, carregada de tradicionalismo medieval, em muitos aspectos retratou alguns aspectos importantes que nós, que vivemos em repúblicas, nos esquecemos. Três aspectos são, particularmente relevantes. 

Em primeiro lugar, desde o início da cerimônia, o objetivo não era engrandecer o soberano. Aliás, este foi relembrado constantemente de que, como servidor público número um de uma nação, deveria despir-se de todo orgulho, comendas e indumentárias, e apresentar-se a todos para servir e não ser servido. Logo no início da cerimônia, o Rei Charles III foi recebido por uma criança que lhe recordou:  “Sua Majestade, como crianças no Reino de Deus, damos-lhe as boas-vindas em nome do Rei dos Reis”. Ou seja, Charles III, você é apenas mais um rei e não o Rei. Ao que o soberano respondeu, diante desta recordação:  “Em seu nome, e segundo seu exemplo, venho não para ser servido, mas para servir.”

Em segundo lugar, a singularidade do momento, por si só, relembra-nos de que a monarquia, apesar de ser uma instituição que existe desde tempos imemoriais, tem a capacidade constante de rejuvenescer – ou seja, restituir à juventude – e não apenas um exercício equivocado de modernizar-se para ser aceita pelos padrões transitórios atuais. Os dois conceitos são muito distintos. Modernizar é algo exterior, de fora para dentro, enquanto rejuvenescer é um movimento interno. Coisas modernas ficam antigas rapidamente. Coisas antigas, se bem mantidas, cuidadas e preservadas, permanecem sempre novas. Cabe relembrar que nem tudo o que é moderno será necessariamente bom. Já com aquilo que é testado pelo tempo e tem a capacidade de estar em constante evolução, a situação é muito diferente. 

É por isso que os britânicos mostraram ao mundo uma cerimônia medieval, com cavaleiros, carruagens, coroas e roupas diferenciadas, além da enorme ênfase naquilo que é o fator diferenciador do Ocidente em relação ao mundo, que é a fé cristã. Ao mesmo tempo em que se voltava ao passado, nesta mesma cerimônia estavam os jovens que representam o futuro da instituição e do país. William, o Príncipe de Gales, e George, provável sucessor, eram a reafirmação desse laço constante de renovação e continuidade, um elo unindo, nos termos da cerimônia, Deus, soberano e povo. 

Em terceiro lugar, muitos críticos não entendem que, diferentemente das repúblicas, o soberano é uma figura que pertence a todos e a ninguém, ao mesmo tempo. Sua figura não divide um país ao meio, como num ciclo eleitoral. Sua função é unificar e relembrar a importância da continuidade e estabilidade como elementos fundamentais do desenvolvimento de uma sociedade. A Monarquia não é o privilégio de alguns, mas um fardo para aqueles que têm a obrigação de preservar uma instituição, que representa uma nação. 

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Talvez este seja o fascínio que o Reino Unido logrou, uma vez mais: por algumas horas, o mundo se deu conta de que a velha monarquia, ainda é uma instituição nova, rejuvenescida. E que funciona. Seus guardiões, em roupas exuberantes, renovaram o compromisso de mantê-la altiva e comprometida com seus objetivos. 

Outros aspectos são fundamentais reconhecer, particularmente entre aqueles que afirmam ser a república mais moderna e igualitária. Duas perguntas sempre cabem neste questionamento: (i) quando foi a última vez que você escolheu o candidato a candidato à presidência da república: não é o candidato a imposição de uma elite partidária? e (ii) o desenho republicano partidário não é um convite a crises constantes, com nenhum presidente capaz de representar a totalidade de uma nação, o que gera uma divisão social e questionamentos sobre a viabilidade e longevidade de toda uma nação? 

Nos últimos mil anos, o Reino Unido teve 40 (quarenta) chefes de estado. E nos últimos 288 anos, houve 57 (cinquenta e sete) Primeiros-Ministros, desde que Sir Robert Walpole se tornou o primeiro de todos. No Brasil Republicano, desde 1889, o País já teve 39 (trinta e nove) presidências com 36 (trinta e seis) presidentes. Nos últimos 6 (seis) anos, o Reino Unido teve 5 (cinco) primeiros-ministros. Este caos político, certamente, teria um impacto enorme em qualquer país do mundo. Imagine se em 6 anos, o Brasil tivesse 5 presidentes: a inflação estaria com taxas estratosféricas, o Real extremamente desvalorizado e o caos institucional seria sentido por décadas. O crescimento sólido de um país advém de cinco eixos importantes: planejamento, estratégia, infraestrutura, estabilidade e continuidade. Os elementos políticos desta equação, por certo, são a estabilidade e continuidade. Esta é a marca registrada das monarquias.

Não há dúvida de que o exemplo inglês é admirável quanto à estabilidade que atingiram. Obviamente que o fator político – decisões equivocadas como o Brexit, por exemplo – poderão ter seu respectivo impacto sobre o país. Mas – recorde-se – não foi uma decisão da Chefia de Estado que levou à instabilidade instaurada, mas sim do governo. Esta distinção é fundamental para compreender como uma Monarquia funciona efetivamente. 

Por fim, vale destacar que ao outorgar-se a uma família a Chefia de Estado, todos passam a atuar, efetivamente, para manterem-se legítimos na posição e obterem o reconhecimento público das ações realizadas. É por essa razão que a Família Real Britânica empresta seu nome a inúmeras instituições de caridade. Além disso, o selo real é uma das principais garantias de qualidade de produtos e estabelecimentos comerciais. 

Na próxima vez que ouvir alguém criticando o anacronismo da monarquia, somente faça uma questão: você prefere ter como o representante de seu país uma Rainha como foi Elizabeth II, ou um rei preparado por décadas para a função, com Charles III, ou o atual ocupante do Palácio da Alvorada. Monarquias rejuvenescem porque somente ocupa a posição quem foi, de fato, preparado para tanto: a velha e sempre nova monarquia.  

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