
Na manhã desta terça-feira (24), o Santander Brasil (SANB11) divulgou ao mercado os resultados do primeiro trimestre deste ano, em que reportou um lucro líquido gerencial de R$ 2,140 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
Nesse sentido, houve uma queda de 46,6% frente ao mesmo período do ano anterior. Já na comparação com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 26,7%. No entanto, o resultado ficou acima das previsões do consenso Refinitiv de R$ 1,83 bilhão.
As margens pressionaram mais uma vez o banco, frente a alta da taxa Selic e migração da carteira de crédito para linhas mais conservadoras. A provisão para possíveis perdas com inadimplência também voltou a pesar, e o conglomerado separou recursos adicionais.
O resultado bruto de créditos de liquidação reportada pelo banco foi duvidosa, em que totalizou R$ 11 bilhões no primeiro trimestre. Ou seja, um aumento de 49,4% no trimestre e 138,5% no ano, “incrementado por um reforço de balanço de 4,2 bilhões realizado no trimestre”.
Por outro lado, o resultado de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 6,765 bilhões nesse período, Uma queda de 8,1% no trimestre e alta de 46,7% no ano. Sobretudo, por conta do segmento pessoa física, dado o crescimento da carteira e mix. As receitas de recuperação de créditos baixados para prejuízo aumentaram 35,0% no trimestre e 26,2% no ano, atingindo R$ 934 milhões.
“A PDD (provisão para inadimplência) e o aumento do custo de crédito se mostram compatíveis com o momento, estando ainda pressionados por safras antigas”, afirmou o Santander Brasil no balanço.
Já a margem financeira bruta do Santander, que representa os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,145 bilhões. Uma baixa de 5,7% em um ano. Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,315 bilhões, crescimento de 3,3% no comparativo anual, e de 3,9% em três meses.
Por fim, o banco encerrou março deste ano com R$ 1,048 trilhão em ativos totais, número que representa alta 9,3% em um ano. No comparativo com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 0,1%. O patrimônio líquido aumentou 4,7% em um ano, para R$ 81,445 bilhões, de acordo com o banco.