
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) vem ganhando destaque entre os ativos do setor bancário, com uma valorização que supera os 20% nesses primeiros meses de 2023, mesmo em um cenário complicado para os bancos, com alta de juros e dificuldades na concessão de crédito.
Dessa forma, a pergunta que fica é: o que está acontecendo com o Banco do Brasil? Quais são os fatores que o fazem entrar em disparidade com outros ativos de seu setor? Será que as ações BBAS3 estão achatadas de mais? Para explicar esse panorama, o analista e sócio da GTI, Rodrigo Glatt, participou do programa TOP News na última quarta-feira (12).
O analista explica que a alta do ativo vem da combinação de alguns fatores. “Olhando para os resultados mais recentes do Banco do Brasil, a gente vê uma melhora sensível na rentabilidade do banco, medindo pelo ROE médio que o banco tem gerado nos últimos trimestres”, explica Glatt.
Em suma, além de dar destaque a questões operacionais do banco, o analista também cita que a melhora do desempenho das ações pode estar atrelado a um reconhecimento do mercado quanto às possíveis intervenções do novo governo Lula em empresas estatais.
“Com a eleição, acho que teve um receio muito grande de que o novo governo interviesse na gestão do banco, coisa que acontece com a Petrobras, medo de que eles utilizassem o banco para políticas públicas e isso levasse o banco para patamares antigos. Acho que esse medo, de certa forma, tem se dissipado”, afirma o analista.