
A Americanas, que apresentou um rombo de R$ 20 bi e entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro deste ano, até o mês de março fechou as operações de apenas 17 das 1.863 lojas que mantém no Brasil.
Este dado foi destacado no relatório entregue na última segunda-feira (20), pelos administradores judiciais da Americanas à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Vale destacar que esse dado não inclui as lojas do Hortifruti/Natural da Terra e nem as da “Local”, uma versão menor da Americanas.

Plano de Recuperação Judicial
No mesmo relatório, a Americanas (AMER3) divulgou seu plano de recuperação judicial, conforme nota enviada à CVM. A companhia iniciou o processo no dia 19 de janeiro, após a descoberta do rombo de R$ 42 bilhões.
Sendo assim, a recuperação judicial da Americanas será realizada em quatro partes, segundo o documento. A varejista deve realizar um aumento de capital de R$ 10 bilhões, em que visa assegurar os recursos mínimos necessários para a reestruturação dos créditos concursais.
Logo depois, a Americanas reestruturará os créditos concursais, considerando diferentes modalidades de credores. Além de adequar sua capacidade de pagamento, mediante alteração no prazo, nos encargos e na forma de pagamento.
Desse modo, a Americanas propôs, em um terceiro ponto, a alienação de bens e direitos do ativo permanente. Bem como de outros bens, móveis ou imóveis, integrantes do seu ativo permanente, sob a forma de UPIs (Unidade Produtiva Isolada) ou não. Logo, o objetivo é levantar recursos adicionais, independentemente de nova aprovação dos credores concursais.