
Nesta Super Quarta, os índices futuros dos Estados Unidos operam cautelosos hoje, com o mercado atento à decisão de política monetária do Federal Reserve. Para esta reunião, muita coisa aconteceu que promoveu uma forte volatilidade nas apostas de qual será a decisão do BC norte-americano.
O mercado de trabalho ainda apertado e a inflação ainda sem demonstrar sinais de que realmente está desacelerando, as apostas chegaram a ser de um aumento de 50 pontos-base para o encontro de hoje. Porém, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank promoveram uma potencial crise do setor bancário, que mudaram as estimativas até para uma manutenção dos juros.
Ainda assim, segundo dados do CME Group, as expectativas é que o Fed suba a taxa em 25 pb, para o intervalo entre 4,75% e 5,00%. O comunicado poderá ser importante, uma vez que boa parte do mercado acredita que já poderá existir a sinalização do fim do aperto.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também anunciará sua decisão sobre a taxa Selic, e é amplamente esperado que será mantida em 13,75%. Mesmo sem a divulgação do novo arcabouço fiscal, o Banco Central poderá aliviar o comunicado para dar uma sinalização ao governo, que segue a ofensiva contra o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
No cenário corporativo, diversas companhias divulgaram seus resultados trimestrais na noite de terça-feira (21), o que repercutirá na bolsa hoje. JBS (JBSS3), Taurus (TASA4), Copel (CPLE6), Positivo (POSI3), entre outros divulgaram os balanços. Hoje, o dia mais apenas, com destaque para Braskem (BRKM5) e PetroReconcavo (RECV3).
Ásia e Europa
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta mais uma vez acompanhando Wall Street, que na terça-feira estendeu um rali em meio à recuperação de ações de bancos após a recente turbulência no setor.
Na Europa, por sua vez, o mercado acionário opera majoritariamente em alta no pregão desta manhã, depois que a inflação no Reino Unido acelerou inesperadamente e investidores de todo o mundo aguardam a próxima decisão do Federal Reserve, nos Estados Unidos, sobre as taxas de juros.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido atingiu a marca de 10,4% em fevereiro na comparação anual, voltando a subir após três meses de desaceleração, conforme mostrou o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS). O resultado é bem maior do que as expectativas dos investidores, que aguardavam 9,9% no período.
Agenda econômica
- Balanço da Braskem após o fechamento
- Reino Unido: Inflação ao consumidor de fevereiro (4h)
- Alemanha: Presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa em evento (5h45)
- Lula participa da cerimônia de lançamento de Complexo Renovável Neoenergia, na Paraíba (11h)
- EUA: Estoques de petróleo do DoE (11h30)
- BC oferta até 16 mil contratos de swap (US$ 800 milhões) em rolagem (11h30)
- BC: Fluxo cambial semanal (14h30)
- Fed divulga decisão monetária (15h)
- Powell dá coletiva sobre decisão do Fed (15h30)
- EUA: Secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, testemunha no Senado (15h30)
- Governo publica Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 1º bimestre (16h30)
- Copom anuncia decisão sobre a Selic (18h30)