
O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (21), acompanhando o clima positivo dos mercados internacionais, à medida que diminuem os temores de uma nova crise financeira provocada pelo colapso de vários bancos.
Por volta das 14h25, o principal índice da bolsa brasileira opera em alta de 0,28%, cotado a 101.202 pontos.
O mercado reage bem à disposição do FDIC em aumentar a proteção para todos os depósitos, caso a potencial crise financeira se agrave. O First Republic Bank continua registrando fortes quedas no mercado de ações, e os banqueiros estudam mais uma ajuda financeira ao banco.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o novo arcabouço fiscal para os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, que “receberam bem” a proposta. A expectativa é que o texto venha a público ainda esta semana.
Indicadores
Na Alemanha, o índice de sentimento econômico da Alemanha caiu para 13 pontos em março, ante 28,1 em fevereiro, pior do que as estimativas de 17,1 do mercado, conforme divulgou o instituto de pesquisa econômica ZEW.
Cenário corporativo
Americanas (AMER3) – A companhia apresentou o seu plano de recuperação judicial, que prevê aporte de R$ 10 bilhões dos acionistas de referência – Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann –, a venda de ativos – como o Hortifruti –, a conversão de dívidas em ações e a recompra de parte da dívida. O total de injeção de recursos chega a R$ 12 bilhões.
BR Properties (BRPR3) – A empresa informou ao mercado que recebeu uma comunicação enviada pela Slabs, subsidiária da GP Investments, informando um aditamento ao edital da oferta pública voluntária de aquisição (OPA) do controle da Companhia com o objetivo de atender exigências feitas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A GP Investments, que já controla a BR Properties, anunciou o lançamento da OPA para ficar com até 100% da companhia em 10 de março, tirando ela da bolsa.
Iochpe-Maxion (MYPK3) – Os analistas da XP consideraram os resultados do quarto trimestre da companhia fracos, refletindo a “fraca sazonalidade na indústria automotiva no 4T, que levou a um desempenho de rentabilidade mais fraco durante o trimestre”. “Embora as matérias-primas tenham contribuído para um 1,5p.p. ganho de margem vs. 3T22, esse efeito não foi suficiente para compensar a desalavancagem operacional após a sazonalidade mais fraca no 4T (salários e serviços impulsionando o mesmo efeito de margem de 1,5 p.p., mas na direção oposta)”, disse a instituição financeira, que reiterou a recomendação neutra.