
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) considerou positiva a redução no preço do querosene de aviação (QAV), promovido pela Petrobras na última quarta-feira (1). Entretanto, a associação destacou que o saldo acumulado desde o início de 2022 ainda é de 36%.
A ABEAR afirmou que o cenário é desafiador para as companhias aéreas, que registraram R$ 46 bilhões de prejuízo líquido acumulado desde 2019. Nesse período, o aumento no preço do QAV foi de 124%.
Na última quarta, a Petrobras comunicou uma redução de 13,8% nas praças de Duque de Caxias, Betim, Guarulhos e Paulínia.
“É importante lembrar que o combustível responde por cerca de 40% dos custos do setor, que por sua vez têm uma parcela de quase 60% dolarizada”, destacou a ABEAR.
A associação destacou que está em conversas com autoridades para tentar solucionara questão.
“Temos mantido contato permanente com os ministérios da Fazenda, de Portos e Aeroportos, de Minas e Energia e do Turismo desde os primeiros dias do novo governo para encontrar soluções e estimular a criação de políticas públicas que fortaleçam o setor aéreo”, afirmou o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.
“O governo tem se mostrado sensível ao tema e acreditamos que a discussão seguirá avançando”, concluiu.
Apesar disso, a ABEAR destacou que medidas de longo prazo sejam aprovadas, como a Medida Provisória 1.147, que zera a alíquota do PIS/COFINS sobre as receitas do transporte aéreo por 4 anos.