
No ano passado, um Big Mac custava em média R$ 22,53, já nos Estados Unidos, o preço médio era de US$ 5,36. Nesse sentido, esta diferença propõe que o real está 17,2% subvalorizado em relação ao dólar, que deveria custar R$ 4,27.
A revista britânica, The Economist, realizou esta análise, que costuma fazer esse estudo desde 1986, anualmente, que compara os preços do Big Mac em diferentes países.
Sendo assim, esta análise considera a teoria da paridade de poder de compra (PPP) para calcular o índice. De acordo com essa teoria, “no longo prazo, as taxas de câmbio devem se mover em direção a uma taxa que igualaria os preços de uma cesta idêntica de bens e serviços em quaisquer dois países”.
Portanto, o preço do Big Mac nos Estados Unidos é o parâmetro para verificar a paridade do poder de compra nos demais países. Visto que a diferença na taxa de câmbio mostra se a moeda está valorizada ou desvalorizada em relação ao dólar.
Considerando que o Big Mac estava custando US$ 5,36 nos EUA, em média, no ano passado e R$ 22,90 no Brasil (US$ 4,59, na cotação atual), a diferença na taxa de câmbio indica que o real está subvalorizado. A The Economist calcula que a subvalorização é de 17,2%.
Há dez anos, o Big Mac no Brasil custava em média R$ 11,25, já nos Estados Unidos custava US$ 4,03. Isto posto, a situação era ao contrário, o real estava valorizado em 40%. A revista estima que o preço do dólar no país deveria ser de R$ 2,79 naquele momento e estava valendo R$ 1,99.