
O produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve uma alta de 0,4% no terceiro trimestre de 2022 em comparação ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (1). O resultado acabou ficando abaixo das expectativas do mercado, que aguardavam avanço de 0,7%. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,6%.
No acumulado dos quatro trimestres terminados em setembro de 2022, o PIB cresceu 2,0%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No ano, o PIB acumula alta de 3,2%.
Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2022 totalizou R$ 2,544 trilhões, sendo R$ 2,202 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 342,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A taxa de investimento, por sua vez, foi de 19,6% do PIB no 3T22, acima da observada no mesmo período de 2021 (19,4%). Já a taxa de poupança foi de 16,2%, menor do que a do terceiro trimestre do ano passado (17,2%).
O setor industrial apresentou alta de 2,8%, com destaque para Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 11,2%. Segundo o instituto, as bandeiras tarifárias verdes contrastaram com a escassez hídrica em 2021. A Construção também se destaca crescendo 6,6%, corroborado pelo crescimento da ocupação nesse setor.
A agropecuária cresceu 3,2% em relação a mesmo período do ano anterior. Além da contribuição positiva veio da pecuária, a alta veio pelo desempenho de produtos de lavoura que possuem safra relevante no trimestre, como milho (25,7%), algodão (15,2%), café (6,7%) e laranja (4,4%), segundo o IBGE.
Serviços, por sua vez, subiu 4,5% em comparação ao mesmo período de 2021. Os destaques do setor vieram de Informação e comunicação (3,6%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), Atividades imobiliárias (1,4%), Outras atividades de serviços (1,4%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,1%), Transporte, armazenagem e correio (1,0%). Já o Comércio (-0,1%) teve variação negativa.