
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é um dos índices de inflação mais tradicionais e importantes do Brasil.
Foi criado em 1979, com o objetivo de medir a variação dos preços e serviços vendidos no comércio para o consumidor final.
O índice funciona como medidor oficial da inflação e é medido mensalmente pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com a finalidade de oferecer a variação dos preços no comércio para o público.
O que é o IPCA-15?
O IPCA-15, por exemplo, segue a mesma metodologia. A única diferença é que o período de coleta vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês seguinte.
Já o IPCA-E – ou Especial – representa o índice acumulado a cada trimestre pelo IPCA-15.
Portanto, o IPCA-15 é uma prévia do IPCA e é o índice utilizado para reajustes e contratos.
Como o IPCA é calculado?
O alvo da metodologia do IPCA são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a sua fonte de renda. Para chegar ao índice de inflação, o IBGE coleta os preços entre os dias 1º e 30 ou 31 de cada mês em lojas e estabelecimentos de prestação de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel), concessionárias de serviços públicos (como água ou energia elétrica), além da internet.
Os preços obtidos são os cobrados ao consumidor para pagamento à vista.
A cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente envolve itens de naturezas variadas e são considerados nove grupos de produtos e serviços. São eles: alimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, habitação, saúde e cuidados pessoais, educação, transportes e vestuário. Cada item é dividido em diversos subitens, somando o total de 465 subcategorias.
Cada um tem um peso maior ou menor conforme a presença deles na cesta de consumo média da população. Assim, os itens relacionados à alimentação costumam ter um peso maior do que, por exemplo, comunicação ou vestuário.
Como o IPCA é utilizado?
O IPCA é um indicador que pode gerar uma série de impactos para os investidores e a população em geral.
Ele é influenciado pela demanda e oferta de produtos e serviços. Se há aumento da procura por algo que há pouca quantidade no mercado, o preço do produto tende a subir. No entanto, quando o consumo está em queda, os preços podem ficar estagnados ou cair.
A importância do indicador está no fato de ele ser a referência usada pelo governo para monitorar a sua meta de inflação anual e para determinar as políticas monetárias e medidas econômicas que serão adotadas. É assim que o Governo Federal consegue controlar os índices de inflação.
O IPCA faz parte de uma importante estratégia da política monetária no Brasil e, por isso, o Governo utiliza esse índice para saber se suas metas de inflação estão sendo atingidas.
O IPCA faz parte de uma importante estratégia da política monetária no Brasil e, por isso, o Governo utiliza esse índice para saber se suas metas de inflação estão sendo atingidas.
Segundo o IBGE, entre as categorias incluídas na pesquisa referente ao IPCA figuram segmentos como:
Categoria | Peso (%) |
Artigos de residência | 3,8 |
Vestuário | 4,2 |
Comunicação | 5,2 |
Educação | 5,5 |
Despesas pessoais | 9,8 |
Saúde e cuidados pessoais | 12,3 |
Habitação | 16,1 |
Alimentação e bebidas | 20,6 |
Transporte | 21,9 |
Em outros termos, podemos dizer que quando ocorre um aumento do IPCA, o custo de vida da população ficou mais caro. Por outro lado, o custo de vida torna-se mais barato quando verificamos uma redução na taxa do IPCA. O universo pesquisado abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas das seguintes cidades:
São Paulo (32,3%) | Belo Horizonte (9,7%) | Goiânia (4,2%) |
Rio de Janeiro (9,4%) | Salvador (6,0%) | Campo Grande (1,6%) |
Belém (3,9%) | Vitória (1,9%) | Brasília (4,06%) |
Fortaleza (3,2%) | Curitiba (8,1%) | |
Recife (3,9%) | Vitória (1,9%) |
Uma curiosidade mostrada pelo IBGE:
● O IBGE produz e divulga o IPCA desde 1980. Entre 1980 e 1994, ano de implantação do Plano Real, o IPCA acumulado foi de 13.342.346.717.671,70%
● A maior variação mensal do IPCA foi em março de 1990 (82,39%), enquanto a menor variação, em agosto de 1998 (-0,51%).
Mês | IPCA mensal (%) | IPCA acumulado/mês (%) |
Jan | 0,54 | 10,38 |
Fev | 1,01 | 10,54 |
Mar | 1, 62 | 11,30 |
Abr | 1,06 | 12,13 |
Mai | 0,47 | 11,73 |
Jun | 0,67 | 11,89 |
Jul | -0,68 | 10,07 |
Ago | -0,36 | 8,73 |
Set | -0,29 | 7,17 |
Out | 0,59 | 6,47 |
IPCA acumulado
Agora, veja o IPCA acumulado, ou inflação acumulada 2020 / inflação acumulada 2021, nos últimos 5 anos:
IPCA Acumulado | Taxa |
2021 | 10,06 |
2020 | 4,52 |
2019 | 4,31 |
2018 | 3,75 |
2017 | 2,95 |