
Com o duplo rebaixamento nas ações da Petrobras (PETR4), feitos pelo UBS BB, os papéis da petroleira registram forte queda nesta terça-feira (22) e operam longe da máxima do ano de R$ 37, registrados em 21 de outubro. A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República despertou o receio de alterações importantes dentro da estatal.
A UBS divulgou uma nova análise para as ações da Petrobras (PETR4) e recomendou a venda dos ativos. A mudança da recomendação, que antes era de compra, deu-se devido à repercussão negativa à respeito das intenções do novo governo sobre a companhia.
Não foi só a recomendação que sofreu rebaixamento, como também o preço-alvo, de R$ 47 foi para R$ 22. O banco destacou três motivos para o pessimismo com os papéis: o provável fim do preço de paridade internacional, a volta dos grandes investimentos da companhia e o aumento das despesas gerais.
De acordo com o analista da Levante Investimentos, Flávio Conde, a ação preferencial da Petrobras não voltará para as máxima deste ano e tem tendência de mais queda para o ativo.
“Sinto dar uma má notícia para vocês [investidores, o papel] não volta mais para os R$ 37”, afirmou Conde. “[A ação] tem mais espaço para cair. As corretoras que estão fazendo ‘downgrade’ de neutra para vender, ou de ‘overweight’ para neutro, estão reduzindo bastante o target price [preço-alvo] (…) o cenário não é favorável.”
Além da questão política, o analista da Levante enfatiza que os preços-alvos definidos pelas corretoras, anteriormente, eram baseados no preço do petróleo entre US$ 100 e US$ 105 o barril, mas a recessão global e a demanda menor pela commodity tende a baixar o preço e se manter em US$ 80 o barril.