
O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira (26) com os investidores ainda digerindo os dados sobre a prévia da inflação, junto com os debates sobre a crise hídrica no país. O governo estuda aumentar a taxa da conta de luz dos atuais R$ 9,49 por 100 kWh para algo entre R$ 15 a R$ 20 no próximo mês.
As tensões políticas continuam, com o presidente Jair Bolsonaro criticando decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de rejeitar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O mercado doméstico também segue o exterior. Nos Estados Unidos, as bolsas registram baixa nesta quinta, com balanços corporativos e dados econômicos mistos mantendo os investidores nervosos. Além disso, o simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava em queda de 0,94%, cotado a 119.682,00 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra alta de 0,66%, cotado a R$ 5,246.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão caindo. O S&P 500 está operando em -0,22% (4.486,23), o Nasdaq registra -0,15% (15.018,70), enquanto o Dow Jones está em -0,15% (35.352,92).
Confira os destaques desta quinta:
Guedes: Déficit primário em 2021 pode cair abaixo de 1,5% do PIB; entenda
O ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou nesta quinta-feira que o déficit primário do país poderá cair abaixo de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano considerando o ritmo de arrecadação que tem sido visto, citando dados de julho divulgados na véspera pela Receita Federal.
Ao participar de audiência pública no Senado sobre o enfrentamento à pandemia de Covid-19, o ministro estimou que a dívida bruta como proporção do PIB irá a 81,2% este ano e que depois recuará ao patamar de 80%, pontuando que essa é uma hipótese conservadora, já que a trajetória poderá ser melhor.
Investidores não esperam surpresas em simpósio do Fed em Jackson Hole
Apesar de semanas de espera, os investidores reduziram suas expectativas para o evento de sexta-feira em Jackson Hole, dizendo que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, tem poucos motivos para sacudir os mercados.
Alguns observadores do mercado viam a conferência como um momento potencialmente importante, quando Powell poderia dar pistas sobre a redução dos 120 bilhões de dólares do Fed em compras mensais de ativos, que sustentaram o mercado após o baque da Covid-19.
No entanto, com um consenso ainda se formando entre os membros do Fed sobre quando apertar a política monetária, alguns esperam ver poucas revelações que possam ter impacto nos mercados no discurso de Powell, alegando que o Fed vai querer ver os próximos dados de emprego e inflação e obter mais informações sobre como a variante Delta do coronavírus afeta a economia.
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